Cada candidato quer uma música melhor que a do concorrente. Pode ser com melodia inédita ou versão de um hit, música que está fazendo sucesso no momento. Para isso é necessária uma equipe preparada de profissionais, que além de bons músicos, devem estar atualizados nos ritmos que estão nas paradas de sucesso.
Alguns candidatos preferem letras longas, que falam da carreira política e contenham as famosas (e quase nunca cumpridas) promessas de campanha. Outros não pretendem enrolar tanto, e passam o recado em poucos segundos ou minutos, suficientes para fixar na mente do eleitor o nome, cargo e número do concorrente a cargo público.
Visitamos um dos estúdios musicais de Imperatriz e conversamos com o produtor Gilberto Moraes. Ele tem dez anos no mercado, mas há apenas quatro trabalha por conta própria. Nas eleições municipais de 2012 aplicou parte da experiência adquirida em outras empresas, nos trabalhos que pegou para fazer, principalmente ao cargo de vereador.
“Usamos muitos conhecimentos, mas ao longo do percurso observamos que faltou ter se preparado com um pouco mais de antecedência, tanto na formação de uma equipe para atender à demanda quando no arquivo de material que poderia ser necessário no momento das montagens das músicas, jingles políticos”, afirma Gilberto.
Durante o dia a dia, notou que a carga horária aumentou praticamente o dobro de horas em relação a períodos fora das campanhas, onde a procura pelos estúdios se resume a gravações de CDs e vinhetas para comerciais de rádio ou propaganda volante.
Logo após o encerramento das campanhas em 2012, o produtor musical começou a preparar o time para as campanhas eleitorais de 2014, aos cargos de deputados estadual e federal, governador, senador e presidente da República.
A procura maior é para a produção de músicas e jingles para candidatos a deputado estadual, porém o estúdio de Gilberto já produziu uma música para um dos candidatos ao Governo do Maranhão, o que considerou uma conquista profissional.
O segredo ele faz questão de revelar: “Preparar tudo com antecedência e produzir com qualidade. Logo que alguém ouvir uma música que vai ‘pegar’, que vai ficar na mente do eleitor, sempre vão perguntar aonde foi produzida”.
Gilberto Morais afirma que desde quando começou a procura por músicas para as campanhas eleitorais de 2014, a madrugada costuma ser de muito trabalho. (Hemerson Pinto)
Publicado em Cidade na Edição Nº 15062
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