Durante encontro com o presidente da Associação dos Defensores Públicos do Maranhão, Dr. Adriano Jorge Campos, ocorrido na capital do Estado, o procurador geral do Município de Imperatriz, Dr. Gilson Ramalho Lima, destacou o papel dos defensores públicos não apenas como guarida para os mais humildes, mas também como órgão indispensável ao aprimoramento das instituições que prestam serviços públicos à população, sobretudo a mais carente.
"Não pudemos cogitar o bom e satisfatório funcionamento de serviços públicos sem o exercício da Defensoria não só como trincheira dos mais humildes do povo, mas, sem dúvida, como fator essencial ao aprimoramento de órgãos e repartições públicas. O mister da advocacia, exercida pelos defensores públicos, é, na minha opinião, o mais sublime dos papéis desempenhados pelos agentes do Estado num país que se reivindica livre e democrático, mas que se obriga a conviver com injustiças e com a múltipla falência de órgãos estatais destinados ao atendimento do povo".
O encontro do procurador geral de Imperatriz com o presidente da Associação dos Defensores Públicos do Estado do Maranhão teve como principal finalidade esclarecer fatos e versões decorrentes de um ligeiro entrevero registrado em meados de março deste ano entre o Núcleo de Imperatriz da Defensoria Pública e a Secretaria Municipal de Saúde.
Para o Dr. Gilson Ramalho, não é importante o acirramento de ânimos entre duas instituições indispensáveis à população, já que a saúde pública ofertada pelo município de Imperatriz tem como finalidade atender bem, destinando seus serviços, em grande maioria, para pessoas carentes, em situação de grave vulnerabilidade social, enquanto a Defensoria, por sua vez, cumpre igual papel, quando, na defesa dos mais humildes, luta para que assistência de saúde chegue a todos, com qualidade e presteza.
"Partindo dessa premissa, que me parece verdadeira, não há sentido o acirramento de ânimos entre órgãos e repartições cujos objetivos são comuns, sintetizados no bem-estar do povo. Isso não quer dizer, todavia, que não haja divergência ou posicionamentos antagônicos. Contudo, a boa democracia nos ensina que o diálogo e o bom senso são, em última análise, o melhor caminho. Por isso, resolvi conversar com o representante classista dos defensores e, de maneira clara e inequívoca, firmar esse entendimento", frisou Gilson Ramalho.
O Dr. Gilson Ramalho adiantou que a conversa com o Dr. Adriano Campos foi fundamental porque foi possível demonstrar o esforço desumano do prefeito Sebastião Madeira para melhorar os serviços de saúde num município que, forçosamente, atende legiões de doentes e feridos dos Estados do Tocantins e Pará e de todos os municípios maranhenses que gravitam num raio de 300 km.
"Não pode ser havida como verdadeira a assertiva segundo a qual a saúde de Imperatriz é ruim ou deficiente. Não. A questão é a superpopulação de atendidos egressos de outras plagas, doentes e aflitos, afugentados do desmantelamento das estruturas de saúde que deveriam funcionar nessas regiões e não funcionam. O Hospital Público de Imperatriz é um hospital de guerra, que atende 50 vezes mais que a sua capacidade. Os postos de saúde dos bairros são superlotados de pessoas de outros municípios do nosso Estado e dos Estados do Pará e Tocantins que não cuidam da saúde básica. Essa é a realidade e, mesmo diante desse quadro, convenhamos, a saúde de Imperatriz tem cumprido muito bem o seu papel, o fazendo, inclusive, com o apoio da Defensoria Pública do Estado do Maranhão", arrematou.
Publicado em Cidade na Edição Nº 14714
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