Iniciativa do Fórum Henrique de La Rocque, casamento comunitário já virou tradição

O primeiro Casamento Comunitário do ano de 2016, em Imperatriz, reuniu 300 casais. Iniciativa do Fórum Henrique de La Rocque, com o apoio logístico da equipe do vereador Carlos Hermes. A grande cerimônia aconteceu no ginásio do Colégio Tiradentes, no bairro Parque do Buriti, onde os noivos e noivas disseram sim e tiveram a oportunidade de oficializar gratuitamente a união.
Ter contribuído com união civil de centenas de pessoas, para o vereador Carlos Hermes, foi algo gratificante e que dignifica as famílias: “Se você pensar, por exemplo, que um casal para fazer um casamento civil gasta algo em torno de 250 reais e levar em conta a média salarial da maioria das pessoas que se inscrevem, é um recurso que faz a diferença no orçamento, então o fórum presta um serviço de relevância social muito grande e não tenho dúvida de que as pessoas ganham mais dignidade, elas se organizam mais enquanto família, elas constroem perspectivas de unidade com a oficialidade desta união, então é um bem muito grande para toda a sociedade”.
Esse tipo de cerimônia tem como objetivo principal regularizar a situação de pessoas que já vivem juntas e desejam oficializar a união. O casal Jhonatam Sousa Oliveira, de 28 anos, e Marqueane do Carmo Oliveira, de 26 anos, não deixou a oportunidade passar. Marqueane fala da grande vontade dos dois em se “casar de papel passado”. “A gente se conheceu num dia, saímos no outro, começamos a namorar com uma semana, com um mês já estávamos morando junto e no dia 13 agora vai fazer um ano que a gente está junto. Aí resolvemos logo regularizar nossa situação. Os 250 já vai ajudar a gente nas coisas de casa e numa viagem”.
Para o juiz titular da 2ª Vara de Família de Imperatriz, Adolfo Pires da Fonseca, os casamentos comunitários, por serem gratuitos, são uma parcela de contribuição que o judiciário dá para a sociedade: “O casamento hoje custa em torno de 250 reais. Se um juiz consegue organizar 300 casais e dar dignidade para essas pessoas e cidadania pra elas casarem de graça, é uma grande relevância que a sociedade recebe do judiciário e isso a gente já fez ano passado. Fizemos seis casamentos, deu mais de 1300”.
O juiz fala ainda da importância de regularizar as uniões: “O casamento é uma instituição forte e precisa ser celebrado por um juiz. Pessoas que convivem juntas e não têm a certidão de casamento podem ter sérios problemas caso ocorra a morte de um dos cônjuges, por exemplo”.
Os casamentos foram realizados pelos juízes de Direito Adolfo Pires da Fonseca, Ana Beatriz Jorge de Carvalho Maia, Ana Lucrécia Bezerra Sodré Reis, Delvan Tavares Oliveira, Genivaldo Pereira Silva, José Ribamar Serra, Marcos Antônio Oliveira e Suely de Oliveira Santos Feitosa e pelos juízes de paz Ciro Rodrigues Martins Cunha, Jeová Pereira da Silva e Luziane Lucena Sousa Oliveira. Fizeram parte da equipe do Fórum: Edith Bezerra Sousa, Gilberth Fá Amorim, Jacirema Moth Monteiro Guimarães, Leila Maria dos Santos e Marcelo Ricardo Cordeiro Cardoso; e da equipe do cartório: Val Viana e Robson Almeida Cordeiro.
Os casamentos comunitários já estão acontecendo desde 1999. De acordo com dados da corregedoria, no Maranhão mais de 35 mil casais já oficializaram a união de forma gratuita. A previsão para o próximo casamento é que aconteça no dia 09 de junho, em Davinópolis. (Assessoria)