O período invernoso que se aproxima começa a preocupar a população imperatrizense, notadamente as pessoas residentes nas margens dos cinco riachos, ou igarapés, que cortam a cidade, a saber os riachos Cacau, Bacuri, do Meio, Santa Teresa e Capivara, que recebem as águas de outros pequenos igarapés, mas que se avolumam com a força das chuvas.
A preocupação desses moradores é a mesma demonstrada pelo prefeito Sebastião Madeira e pelo titular da Secretaria de Infraestrutura e Serviços Públicos (Sinfra), engenheiro Roberto Alencar, os quais já estão providenciando a limpeza dos riachos para que as águas possam deslizar pelo leito sem o risco de subir a ribanceira e invadir as casas construídas nas margens e adjacências.
Para o estudante Manoel da Silva Leite, 22 anos, residente no Centro, é válida a preocupação do prefeito Madeira como gestor do município, mas ele credita essa problemática às pessoas que invadiram e destruíram a mata ciliar dos citados riachos e construíram suas casas perigosamente em suas margens e até mesmo sobre o leito do igarapé, como se observa em vários bairros da cidade.
“Na verdade, não são as águas dos riachos que estão invadindo as casas, são essas pessoas que invadiram o caminho das águas e agora estão pagando pelo erro que cometeram”, observa o jovem estudante, ressaltando, ainda, que num total desrespeito ao meio ambiente, alguns desses moradores ainda atiram objetos de todos os volumes no leito dos riachos, ocasionando o assoreamento dos mesmos.
Do mesmo pensamento compartilha Maria de Nazaré Bentes Barbosa, 34, residente no bairro Bacuri. Para ela, se as pessoas tivessem consciência de que não se pode ou se deve jogar lixo no leito dos riachos, certamente a prefeitura não teria que alocar várias equipes de homens para fazer a limpeza dos riachos. “Também não haveria o assoreamento dos riachos, nem as constantes enchentes que acontecem no período chuvoso”, observa a dona de casa.
Maria de Nazaré entende que a prefeitura deve fazer sua parte e é o que vem fazendo nesta administração, mas ressalta que “é necessário também que as pessoas que residem nas margens dos riachos façam sua parte, ou seja, não atirando lixo e objetos diversos dentro do leito dos riachos, os quais, pela força das enxurradas, os empurram para dentro do leito do rio Tocantins, causando mais um crime ambiental”, orienta. (Comunicação)