Já estão funcionando (e totalmente ocupados) os novos 10 leitos de UTI, Unidade de Terapia Intensiva, contratados pela Prefeitura de Imperatriz junto à STI, Sistema de Tratamento Intensivo, no Hospital Alvorada, na Avenida Babaçulândia. Desde o final de setembro do ano passado, o sistema de saúde, que atende cerca de 900 mil pessoas de pelo menos 40 cidades do Maranhão, Pará e Tocantins opera com 20 leitos a menos dessas UTIs, fechados pelo Governo do Estado.
Até setembro, a Saúde de Imperatriz contava com 20 leitos de UTI do Socorrão, 10 leitos infantis no Socorrinho e 20 leitos em hospitais particulares que eram custeados pelo Governo do Estado desde 2010. Desacertos contratuais alegados na época ocasionaram o fechamento das vagas que eram oferecidas pelo Estado e, desde então, cidade e região passaram a contar apenas com 30 leitos. "O governador anuncia agora, em fim de governo, que vai construir um hospital de 400 leitos. Acho que não. Nem daria tempo sequer para iniciar. Seria mais simples não retirar os 20 leitos de UTI que tanto têm feito falta para salvarmos vidas", disse Assis Ramos.
Cleudes dos Santos Lima, diretora da STI, disse que os leitos foram fechados sem prévio aviso. "Pacientes tiveram que ser removidos às pressas, cinco deles morreram e outro teve complicações a ponto de até hoje estar hospitalizados", disse. O dono da STI, Cássio Borsato Herrera, disse que foi caluniado e injustiçado. Mas no passado não podemos mexer mais", lamentou.
De 50 para 30 leitos apenas, no ano passado, e agora subindo para 40 leitos: 20 UTIs do Tipo 2 no Socorrão, 10 UTIs infantis no Socorrinho e 10 UTIs Tipo 2 no Hospital Alvorada. "Gostaria de estar agregando mais 10 leitos aos 50 que tínhamos até setembro do ano passado, mas só estou repondo metade do que nos foi subtraído, infelizmente", disse o prefeito. UTI Tipo 2 é de um formato mais avançado, com intensivistas, fisioterapeutas e nutricionistas.
O prefeito disse, ainda, que está lutando para conseguir recursos para abrir pelo menos mais 10 leitos, "porque a demanda é muito grande, principalmente por conta das cidades da região que se socorrem da gente. São vidas no limite que, sem esse recurso, quase sempre se perdem"- afirmou. Já o secretário de Saúde, Alair Firmiano, fez a contas e lembrou que já se foram mais de 5 mil diárias de UTI a menos nesses oito meses e meio sem os 20 leitos cancelados pelo Governo do Estado. "A gente não dorme, atendendo ligações. Juízes e promotores não têm sossego, acionados a toda hora por essas demandas", destacou. (Assessoria de Comunicação)
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