A Prefeitura de Imperatriz, por intermédio da Secretaria de Infraestrutura (Sinfra), mais uma vez, realizou o serviço de limpeza das duas lagoas que margeiam a avenida João de Deus Fiquene, conhecida como Avenida Beira-Rio. O trabalho executado chamou a atenção de pessoas que se preocupam com o excesso de lixo jogado nas avenidas, bem como nas lagoas, praça e outros logradouros que compõem o Viva Beira-Rio.
Desde o ano passado, o prefeito Sebastião Madeira tem procurado, dentro das possibilidades do executivo municipal, revitalizar e manter as belezas naturais da Beira-Rio, enquanto sai do papel o projeto de revitalização total do Viva Beira-Rio, projeto este do Governo do Estado, em parceria com a Prefeitura.
Para tanto, o poder público municipal efetuou o trabalho de limpeza da lagoa 2, que estava com seu leito completamente tomado pelo junco e mururés. Após a limpeza do centro, a Prefeitura, por intermédio da Secretaria de Planejamento Urbano e Meio Ambiente (Sepluma), realizou o serviço de arborização ao redor da lagoa.
Na lagoa 1, objetivando manter espécies raras que encontravam-se em processo de extinção, a Secretaria de Meio Ambiente, em parceria com empresas cidadãs, colocou 21 peixes pirarucu, os quais se juntaram a dezenas de tracajás que ali se encontram. Espécies como tilápias e tambaquis também foram jogadas no lago para que entrem em processo de reprodução.
Não obstante a essas ações, inclusive particulares, como a tomada pelo maquinista Fernando Cunha, que plantou dezenas de árvores, vândalos arrancaram várias árvores nativas, depredaram os recipientes para a coleta seletiva do lixo, enquanto outros deixam de pescar no rio Tocantins para pescarem nas lagoas, fisgando os peixes que ainda não findaram o processo de procriação.
Opiniões - Na opinião da estudante de Letras (Uema) Raymara Ribeiro, se tivesse mais lixeiras, “talvez a população teria onde jogar todo esse lixo consumido”. A opinião dela, entretanto, não é compartilhada pela estudante Ana Paula Frazão, a qual afirma que o problema é ocasionado pelas pessoas sem educação, que jogam lixo nas lagoas, nas ruas e ficam cobrando uma ação apenas da Prefeitura.
Para Almivar Siqueira Freire Júnior, “os cidadãos de nossa cidade também têm que ajudar, principalmente quando o assunto é jogar lixo nas vias públicas, pois nenhuma conduta omissa por parte do poder público autoriza tal conduta”. A estudante Alcilany Siqueira entende que, “mesmo sem quantidade de lixeiras adequadas, temos que ser conscientes em não jogar lixo nas ruas, nos rios ou em qualquer lugar”.
Jorgiana Pinheiro de Sousa esquenta ainda mais o debate quando afirma que “o prefeito faz a parte dele, mas a maioria da população só quer cobrar, porém não faz sua parte”. Para Domingos Marques Morais, “campanhas educativas e fiscalização ajudam muito, tanto nas lagoas da Beira-Rio quanto no trânsito, pois é preciso fazer as pessoas se sentirem cidadãs”.
Na opinião do cidadão Celson Santana, as pessoas que praticam esse desrespeito com a natureza deveriam ajudar a cuidar não jogando lixo. “Infelizmente, são os primeiros a reclamar da sujeira que eles mesmo provocam”, diz Santana. Na opinião de Ed Wilson Araújo, “devia ter multa para os sujões, uma vez que essas lagoas são o charme da Beira-Rio”, afirma o jornalista e professor de Comunicação da Ufma. Para a estudante Claudiene Araújo, “é triste, mas as pessoas fazem a maior sujeira não somente nas lagoas, mas como em toda a cidade, e depois dizem que a culpa é do prefeito”, protesta. A opinião de Claudilene é compartilhada pela líder estudantil Kelly da Umes ao afirmar que “algumas pessoas reclamam que o prefeito não trabalha, porém a Prefeitura faz a sua parte, mas elas não valorizam”. (Domingos Cezar - Comunicação)