Há décadas um prato específico fala mais alto em nome da cultura gastronômica do imperatrizense: a panelada, que começou pelas mãos de Acrísio da Panelada, na década de 1960, que percorria as ruas da cidade com um caixote-fogão adaptado num carrinho de mão. Com a morte de Acrísio, nos anos 1980, o prato foi ganhando endereços fixos e hoje é mais forte e mais consumido na chamada "Quatro Bocas", cruzamento da Avenida Bernardo Sayão com a Rua Ceará, na Nova Imperatriz.
Valorizada, adorada e consumida por pessoas de todas as classes e bairros, inclusive por turistas que passam por aqui, a panelada, feita basicamente da vísceras do boi, é comida para todas as horas: tem quem a consuma no lugar do café da manhã, ou no almoço, ou no jantar, ou até no meio da noite ou da madrugada, na saída dos bares ou das festas.
Nessa segunda-feira (6), representantes da Associação das "Paneleiras" das Quatro Bocas foram recebidos em audiência pelo prefeito de Imperatriz, Assis Ramos. Luciane Gomes, Lucileia Gomes e Juraney conversaram com o prefeito sobre suas condições de trabalho e manutenção das atividades no mesmo local, na Avenida Bernardo Sayão, entre as ruas Ceará e Rio Grande do Norte.
"Mais que uma atividade de trabalho e de culinária, paneladas das Quatro Bocas faz parte da cultura de Imperatriz. Não é interesse da nossa administração tirá-las daquele local. Todas as secretarias municipais envolvidas na questão trabalharão nesse sentido. Vamos, também, dar uma melhorada no ambiente, limpando e padronizando as barracas para que haja padrão de higiene e organização, dentro das exigências da Vigilância Sanitária", garantiu Assis Ramos.
Representantes da classe se comprometeram em retornar ao gabinete do prefeito para uma nova reunião, trazendo um projeto de padrão visual que contemplará todas as barracas. (Luana Barros - Ascom/PMI)
Comentários