Diretor da Penitenciária Regional de Imperatriz, Wellington Marcos, coordenadora da Atenção Básica, Erika Tourinho e comissão, em visita as instalações do Presidio Itamar Guará

Uma Unidade Básica de Saúde (UBS) para atender a população carcerária de Imperatriz está sendo montada nas dependências do Presídio do Bairro Itamar Guará (UPRI 2). A inciativa é da Prefeitura, através do Departamento de Atenção Básica (DAB), e funcionará com três enfermarias, consultório dentário, aparelho de raio-X e laboratório. A inauguração está prevista para o dia 24 de agosto, durante as programações da Semana do Carcerário. 
Segundo a coordenadora do DAB, Érika Tourinho, a equipe que vai trabalhar na UBS já foi selecionada e é composta por bioquímico, médico, enfermeiro e dentista. "Nosso quadro já foi definido e até julho os profissionais passarão por treinamento na Unidade Prisional do Complexo de Pedrinhas. Com isso, nós vamos prevenir as doenças dentro do presídio, assim como das companheiras dos detentos" - enfatizou. 
No Maranhão já existem cinco Unidades Básicas de Saúde Prisional, mantidas pelo Estado. Imperatriz será a primeira e única cidade onde a Prefeitura vai trabalhar em parceria com a esfera estadual para oferecer o serviço. "Teremos servidores mantidos exclusivamente pelo município, atuando junto a Segurança Pública" - ressaltou a coordenadora. Ela acrescenta que esta UBS servirá de apoio também para a UPRI - Unidade Prisional de Imperatriz, Presídio de Davinópolis, FUNAC e APAC.
De acordo com o secretário de Saúde, Alair Firmiano, não haverá mais necessidade de deslocar os presos para tratamento fora do presídio, além de diminuir a demanda de atendimentos de urgência no Socorrão, que recebe esse público com frequência. "Uma UBS dentro do sistema prisional melhora a qualidade do atendimento prestado, pois facilita o acesso aos serviços do Sistema Único de Saúde" - afirmou. O secretário observa, ainda, que isso impacta também em segurança e economia, já que a logística de deslocamento de um preso para um hospital requer participação de no mínimo cinco profissionais.
Érika Tourinho, idealizadora do projeto, afirma que a população carcerária local possui cerca de 600 pessoas cumprindo pena só em regime fechado, e para atender esse contingente, além da UBS dentro do presídio, haverá também uma equipe de Estratégia e Saúde da Família (ESF), formada por médico, enfermeiro e um agente comunitário de saúde prisional, a ser escolhido por meio de exame seletivo, realizado entre os detentos que cumprem pena em regime semiaberto.  (Maria Almeida-ASCOM/PMI)