Ao contrário da acusação feita pelo vereador Rildo Amaral (SDD) na terça-feira (18), na tribuna da Câmara Municipal, dando conta que a Caixa Econômica Federal e a Prefeitura Municipal de Imperatriz, incluindo o Ministério Público, seriam complacentes com a falta de providências quanto à situação dos conjuntos Teotônio Vilela I e II, com 920 unidades habitacionais, a reportagem de O PROGRESSO apurou que documentos exigindo recuperação das vias foram encaminhados ainda no mês de abril à construtora responsável, Amorim Coutinho, com escritório em São Luís.
Em 21 de agosto, a gerência local da Caixa Econômica informou à Sinfra, via ofício, que "concluiu pela responsabilidade da construtora Amorim Coutinho pelos vícios construtivos encontrados nas vias do empreendimento". Além disso, a Caixa notificou a empresa para que realizasse reparos no pavimento asfáltico das ruas dos conjuntos habitacionais que estão em péssimas condições de tráfego.
A construtora teve prazo de 10 dias para realizar os reparos, porém não cumpriu, outra vez, o estabelecido em contrato, penalizando os moradores do Teotônio Vilela I e II, em Imperatriz. Pelo descumprimento, decisão da Caixa foi pela sanção administrativa, ficando inclusive impedida de realizar quaisquer operações junto à instituição financeira, bem como figurar parte em contratos financeiros imobiliários.
Ouvido pela reportagem de O PROGRESSO, o secretário da Sinfra, Francisco Pinheiro, rechaçou pontualmente acusação da ausência de fiscalização e adoção de medidas administrativas, fato que endossou cópias de documentos que foram encaminhados à construtora Amorim Coutinho e à Caixa Econômica Federal.
"Nos meses de março e abril, cobramos providências à construtora, inclusive encaminhamos resultado do laudo de vistoria de inspeção feito pelos nossos técnicos que comprovaram diversas irregularidades no pavimento e na estrutura do empreendimento", garante, ao reafirmar que todas as medidas cabíveis foram adotadas pela Prefeitura de Imperatriz.
Ele esclareceu ainda que, no caso do residencial Dom Affonso Felippe Gregory, a construtora responsável executa os serviços de reparo da composição da base e do pavimento asfáltico, sem custos ao município de Imperatriz. "É uma inverdade dizer que estão sendo usadas máquinas do município nesta restauração, pois cabe à construtora fazer os reparos necessários", acrescenta.
Francisco Pinheiro reiterou a preocupação da gestão municipal que fiscaliza o cumprimento do contrato e exige providências à empresa responsável pela construção do habitacional e à Caixa Econômica. "Nós não aceitamos, em hipótese alguma, alegações da construtora, queremos que sejam feitos os reparos exigidos para garantir o bem-estar dos usuários e o tráfego de veículos normalizado no residencial", concluiu.