Depois da abertura das comportas das hidrelétricas, os pequenos agricultores que trabalhavam nas áreas que ficam próximas das margens do rio Tocantins amargam prejuízos no município de Imperatriz. A afirmação é do secretário municipal de Agricultura, Abastecimento e Produção (Seaap), José Fernandes Dantas.
Segundo ele, a maioria dos produtores rurais perdeu plantações inteiras de milho, arroz, feijão e de batata que ficaram alagadas com a repentina cheia do rio Tocantins, fato que não acontecia há mais de três anos.
"Nós classificamos esse fato como uma irresponsabilidade muito grande, onde devemos solicitar providências às autoridades competentes para que esse tipo de situação não se repita mais e prejudique os nossos agricultores", defendeu ele, ao constatar in loco que o nível do rio Farinha está três metros abaixo do nível normal na barragem da hidrelétrica de Estreito.
O secretário assinala que o município apoiou nestes últimos três anos dezenas de agricultores fazendo aradagem, preparação do solo e dando acompanhamento técnico à produção de milho, feijão e arroz. "Essas pessoas confiaram que não haveria mais enchente nestas áreas depois da construção dessa barragem", disse.
Para ele, a hidrelétrica deveria ter feito gradualmente a abertura das comportas para evitar alagamentos nas áreas urbana e rural do município de Imperatriz, bem como em diversas outras cidades da região Tocantina.
SEMENTES - Ele informou que desde o dia (6) o município recomeçou a distribuição de sementes selecionadas de milho e arroz para os produtores rurais replantarem nas áreas que foram alagadas pela cheia do rio Tocantins. A expectativa, diz ele, é que não aconteçam novas enchentes e volte a prejudicar essas famílias de pequenos produtores que dependem exclusivamente da agricultura.
"A terra está fria e prejudica a lavoura, mas ainda é possível recuperar plantações de arroz, ao contrário com a cultura do milho que está totalmente prejudicado", lamenta. Gil Carvalho [ASCOM]
Comentários