Há exatas duas semanas, nas primeiras horas de domingo (8), as famílias que vivem em regiões próximas ao rio Tocantins viram o nível das águas subir repentinamente, como consequência da abertura das comportas do reservatório da usina hidrelétrica de Estreito. Sem ser previamente avisada, a Defesa Civil de Imperatriz fez o possível para salvar todas as vidas e o máximo possível de objeto das pessoas. Muito, no entanto, foi engolido pelo rio.
A partir daí, a Prefeitura de Imperatriz tem mantido um contínuo acompanhamento à população ribeirinha. O município continua atendendo aos desabrigados e tentando resolver a situação das famílias que perderam móveis e eletrodomésticos durante a repentina enchente. Na última quarta-feira (18), representantes de vários órgãos se reuniram para discutir a situação dos atingidos.
O encontro aconteceu na Casa Brasil e contou com a presença do prefeito de Imperatriz, Sebastião Madeira; do secretário executivo da Defesa Civil estadual, Carlos Robério; do defensor público Fábio Sousa de Carvalho; do procurador da República, Flauberth Martins Alves; do promotor do meio ambiente, Jadilson Cerqueira; do comandante do Corpo de Bombeiros, tenente-coronel Sandro Luis Silva Saraiva; e do comandante da Marinha, capitão-tenente Hilquias Augusto Santiago. O objetivo era que todas as partes interessadas na questão pudessem ser representadas na reunião.
O Consórcio Estreito Energia (Ceste) foi representado pelos técnicos Dimas Martinguir e Isaac Braz Cunha. Os dois justificaram o aumento repentino do nível do rio, afirmando que o problema foi causado pela hidrelétrica de Serra da Mesa, no Estado de Goiás. Esta usina tem o segundo maior reservatório de água do país e teria liberado cerca de cinco milhões de metros cúbicos de água.
Toda a água acabou chegando a Estreito, que também abriu suas comportas, fazendo com que o rio subisse repentinamente. Desde então, o rio Tocantins sempre esteve, pelo menos, 4,75 metros acima do seu nível normal. A estimativa da Defesa Civil de Imperatriz é que, no município, 315 famílias tenham sido diretamente afetadas pela enchente.
Responsabilidade
Os representantes do Ceste se comprometeram a ajudar as famílias ribeirinhas e, na última quinta-feira (19), entraram em contato com o prefeito Sebastião Madeira, via telefone. O grupo já preparava uma remessa de colchões aos desabrigados.
O defensor público Fábio Sousa de Carvalho elogiou as ações do município no processo de assistência às famílias. Segundo ele, até o momento nenhum ribeirinho o procurou para reclamar da postura adotada.
Assim que informados da enchente, os órgãos municipais iniciaram a assistência às famílias. O primeiro passo foi enviar pessoas e veículos para o local para transportar os ribeirinhos e seus pertences para regiões seguras. Depois disso, a Prefeitura disponibilizou o parque de exposições Lourenço Vieira da Silva e a escola Municipal Paulo Freire para servirem de abrigos. Também foi feita a doação de cestas básicas e disponibilizada estrutura de posto de saúde, entre outras ações. (Comunicação)
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