A Prefeitura de Imperatriz, por intermédio da Secretaria Municipal de Saúde (Semus), realizou o treinamento dos agentes de combate a endemias. A capacitação faz parte do Programa de Desenvolvimento Tecnológico em Saúde Pública em parceria com a Fundação Osvaldo Cruz (Fiocruz) e o Ministério da Saúde.
Na abertura do evento, realizado no auditório da Secretaria Municipal de Saúde, nessa segunda-feira (7), foi apresentado aos participantes um filme de curta metragem sobre o micro e o macro mundo do Aedes aegypti, mostrando o ciclo biológico do mosquito da dengue, que é de aproximadamente 30 dias. O filme, um documentário valoroso, tem em cada fase o correspondente a dois dias do ciclo de vida do mosquito.
A capacitação atinge uma importância no combate ao mosquito da dengue, uma vez que o vetor está em constante mutação e o alerta é geral para a entrada de novos tipos de dengue. A dengue tipo 4, a mais recente ameaça à população, já chegou ao Maranhão, depois de triplicar o número de casos em estados como Alagoas. “Se você já teve a tipo 1, nunca mais vai tê-la; mas a tipo 4 é nova em Imperatriz, portanto todo cuidado é pouco”, alerta Ribamar Costa, do Núcleo de Controle de Vetores.
A Vigilância Epidemiológica de Imperatriz está atenta. O prefeito Sebastião Madeira, em recente declaração, disse que os agentes de endemias se constituem num verdadeiro miniexército para combater os focos da dengue. Eles são os elementos de ligação com o Sistema de Informações de Febre Amarela e Dengue (SISFAD) que são os boletins de operação de campo, que fazem a radiografia epidemiológica.
Em 2013, de acordo com informações do supervisor de campo, Genes da Silva Costa, será implantado um novo sistema de informações sobre a dengue. Por isso, é necessário que a Semus se atualize. Trata-se do SISFAD on line, que será integrado a São Luís e Brasília, simultaneamente, como já acontece no caso da malária.
Segundo ele, o Boletim de Resumo Semanal terá que ser informado com absoluta precisão. Ele explica que “o guarda chefe terá a responsabilidade da informação dos dados e o departamento de Controle de Vetores terá que informar ao Ministério da Saúde todos os dados com absoluta exatidão”.
Já o coordenador do Núcleo de Controle de Vetores da Vigilância em Saúde de Imperatriz, José Ribamar Silva Costa, alertou os servidores presentes ao evento para o perigo em relação às caixas d’ água: “os agentes devem conversar com os moradores com relação às caixas d’água sem tampa”. De acordo com ele, um número bastante expressivo e inimaginável de pessoas ligam para a Secretaria de Saúde para denunciar os vizinhos que abrigam em suas caixas d’água sem tampa, verdadeiros exércitos de larvas do mosquito da dengue. “É preciso haver empenho, solidariedade, compreensão e educação dos moradores para combater o mosquito da dengue”, frisou Ribamar Costa.
Publicado em Cidade na Edição Nº 14599
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