O prefeito Assis Ramos esteve reunido, na manhã da última segunda-feira (12), com os representantes da Hidrelétrica de Estreito, gerência regional da CAEMA e o secretário e equipe técnica da Defesa Civil, para esclarecimentos sobre a falta d'água constante em vários bairros da cidade. Ele cobrou soluções para melhorar o fornecimento à população.
O posicionamento da equipe técnica do Consórcio Estreito Energia deixou clara a situação do baixo nível do rio. Eles afirmam não tratar-se de uma questão operacional da hidrelétrica. Segundo a CESTE, o principal problema é a falta de chuva nas regiões da nascente do rio.
Segundo o superintendente da Defesa Civil de Imperatriz, Francisco das Chagas, "a falta de abastecimento de água potável para a cidade não tem relação com o nível do rio, que realmente baixou de forma antecipada em relação aos anos anteriores, mas não com potencial para influenciar no sistema de abastecimento de água", explicou.
A gerência da CAEMA ressaltou que o nível do rio está muito baixo e isso leva a crer que a barragem estaria segurando uma quantidade de água, mas, segundo os representantes da hidrelétrica, a empresa estaria utilizando só 28% da capacidade de água. "Eles alegaram que o problema não é nas comportas fechadas, mas sim, a falta e o volume baixo de chuva nas cabeceiras do rio, das outras bacias que compõe a bacia do rio Tocantins", enfatizou Rafael Heringer.
Segundo ele, a Companhia já possui um plano de investimentos, que existe desde o ano passado e estava em andamento, justamente, para contemplar o aumento da captação do rio Tocantins. A inauguração desses serviços estava prevista para o mês de setembro, quando o rio normalmente deveria estar com o nível nas condições em que já se verifica hoje. Dessa forma, a direção da CAEMA, juntamente com o Governo do Estado, antecipou esse investimento, para fazer o novo sistema funcionar o quanto antes.
NOTA DE ESCLARECIMENTO DO CESTE
O Consórcio Estreito Energia - CESTE esclarece que em razão da quantidade de chuvas muito abaixo da média histórica nos últimos 2 (dois) anos na bacia hidrográfica do Rio Tocantins, este rio se encontra com vazões muito baixas, que deverão permanecer até o próximo período chuvoso, no final do ano de 2017.
Destacamos que a UHE Estreito é concebida de um projeto denominado ''fio d'água'', ou seja, não possui capacidade de regularizar as vazões em seu reservatório, de forma que a UHE Estreito repassa aos Municípios de sua jusante, incluindo o Município de Imperatriz/MA, a vazão de água que chega ao seu reservatório.
Portanto, o nível d'água registrado atualmente no rio Tocantins no Município de Imperatriz/MA é reflexo das condições hidrológicas naturais da bacia do Tocantins, sem relação com quaisquer razões de responsabilidade do CESTE, seu operadores e/ou da UHE Estreito, que assim como os demais agentes e usuários deste bem natural, tem as suas atividades no momento também impactadas por esta condição, não podendo gerar energia em sua plena capacidade. (Mariana Campos-ASCOM/PMI)
Comentários