Coordenador Irisnaldo Félix

Domingos Cezar

A questão da saúde no município de Imperatriz - mais uma vez - tem sido destaque no noticiário da imprensa estadual por ser um assunto de muita complexidade, razão porque apresenta aspectos considerados positivos, mas também negativos, de acordo com a visão tanto dos gestores da saúde no município quanto das pessoas que necessitam de atendimento médico.
Algumas pessoas reclamam da demora no atendimento no Hospital Municipal de Imperatriz (HMI), ou mesmo nos principais postos de saúde, como o Dr. Milton Lopes, na Rua Leôncio Pires Dourado, Bacuri, e no bairro Três Poderes, onde centenas de pessoas buscam diariamente exames laboratoriais e marcação de consultas de alta complexidade, além de medicamentos.
O coordenador do Sistema de Regulamentação (SISREG), médico Irisnaldo Félix, admite existir demora e, às vezes, a falta de medicamentos nas farmácias dos postos. Mas justifica que "isso acontece em face à enorme demanda de pacientes". De acordo com o coordenador, o município não tem tido condições, "pois os valores aqui praticados não são os mesmos que o Ministério da Saúde preconiza".
A própria imprensa reconhece que o município de Imperatriz, por possuir um hospital de média e alta complexidade, atende mais de 40 municípios do sul do Maranhão, norte do Tocantins, sul e sudeste do Pará. São aproximadamente 1 milhão e 800 mil pessoas que procuram atendimento no Hospital Municipal de Imperatriz, cujos atendentes (médicos, enfermeiros, enfim), por mais que se esforcem, não conseguem atender satisfatoriamente toda essa demanda.
O caso da lavradora Raimunda Alves, 68 anos, moradora do povoado Jatobá, município de Praia Norte, sintetiza o caso de milhares de moradores dos municípios de toda a região citada. "Como o meu problema de saúde não tem condições de ser tratado no meu município, tenho que recorrer para Imperatriz. Aqui pode demorar um pouco, mas tenho certeza que, quando chegar minha vez, vou ser bem tratada", afirma a lavradora.
O que para alguns se tornou um problema, para o prefeito Sebastião Madeira, a secretária de Saúde, Conceição de Maria Madeira, e sua equipe se tornou um desafio. Desta forma, o gestor imperatrizense tem batido à porta do Ministério da Saúde, em Brasília, e da Secretaria de Estado de Saúde, em São Luís, buscando meios para que Imperatriz, como cidade polo também de saúde, aloque recursos suficientes para que se possa praticar uma saúde mais eficaz e humanizada.
Outro ponto que Irisnaldo Félix deixa bem claro é a intenção do prefeito Madeira em regularizar de vez a gratificação que os servidores da saúde tanto reclamam e merecem. De acordo com o coordenador, esse problema só ainda não foi resolvido por absoluta falta de recursos. "Nesse momento, ou a prefeitura paga os salários desses servidores, ou a gratificação, porém o prefeito optou por pagar os salários em dia, mas vamos resolver também o problema das gratificações", garantiu Félix.