Hemerson Pinto
O PROGRESSO saiu às ruas na manhã de sexta-feira, 08 de maio, e visitou dez postos de combustíveis em Imperatriz. Em nenhum encontramos o álcool utilizado para abastecer veículos. Alguns frentistas comentaram que o etanol há muito tempo não era sequer comprado pelos empresários.
“Aqui meu patrão deixou de comprar há oito meses mais ou menos. Não vendia, nem os carros e motos flex paravam para colocar álcool, a procura sempre é por gasolina. Agora fica difícil para aquelas pessoas que têm carros mais antigos que funcionam só com álcool”, comentou o frentista que preferiu não se identificar, pois não tinha autorização para falar sobre o assunto.
Proprietário de um Voyage ano 1986, o aposentado Antônio José encontra dificuldades na hora de abastecer. “Moro longe do posto que estou encontrando álcool e não é toda vez que tem. O dono tá comprando pouco e mais é para abastecer o pessoal que usa álcool na produção de alguns produtos. Se eu colocar o carro pra vender, vai ficar difícil até alguém querer comprar”, comentou.
Em outro posto de combustíveis, as bombas já nem têm a opção de abastecimento com álcool. “Saiu de vez, eles aqui nunca mais colocaram álcool. Eu costumava abastecer com álcool e gasolina, o álcool é mais barato. Agora não tenho essa opção”, afirma a comerciante Ana Vieira.
No posto que Ana abastece, a procura pelo combustível é pequena. Segundo um dos frentistas, os tanques com álcool levavam meses para serem vendidos, enquanto os que armazenam gasolina precisam ser reabastecidos a cada cinco dias. Outro motivo para os empresários deixarem de pedir álcool às distribuidoras é o lucro pequeno, além da baixa procura. Nem mesmo os aumentos da gasolina fizeram aumentar a procura pelo etanol.
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