Hemerson Pinto
“Eu acredito que o próximo inverno vai ser mais rigoroso do que o último. As altas temperaturas, para mim, são anúncios de que, quando a água cair, vai oferecer perigo para quem mora perto dos nossos riachos”.
O depoimento é da estudante Carla Moreira, moradora das imediações da Avenida JK, que nos últimos anos vem sendo castigada pelas chuvas fortes que caem sobre a cidade de Imperatriz. Os riachos transbordam facilmente devido à quantidade de lixo acumulado nas margens.
Todo o material - o que inclui plásticos, garrafas, papelão, pedaços de móveis e até móveis inteiros, como sofás e cadeiras - deixado próximo aos riachos é arrastado pela força da água e, quando cai no leito, impede a passagem da água, que acaba transbordando e invadindo ruas e residências.
“Nunca imaginei que um dia estaríamos passando isso. Quando cheguei aqui em 1982 poderia até banhar nos riachos. Hoje é tudo muito sujo, tem o lixo e tem o esgoto, que é jogado das residências. Moro no bairro Vila Nova perto de onde passa o riacho Bacuri e todos os anos temos enchentes. Estamos com medo para o outro inverno”, diz o carroceiro José de Arimateia.
Na edição de ontem, mostramos o caso dos moradores da Vila Nova que acionaram a Defesa Civil depois que um vizinho começou a aterrar o riacho Bacuri para a construção de uma casa. Os moradores também afirmaram que estão com medo do próximo período chuvoso.
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