Domingos Cezar
Atendendo solicitação do acadêmico Sálvio Dino, a poeta Adriana Moulin fez na reunião da última quinta-feira (28), da Academia Imperatrizense de Letras - AIL, uma breve avaliação do livro "Versos da Alvorada", da poeta e arquiteta, Daniela Dino, neta de Sálvio Dino. No final de sua narrativa, Adriana Moulin foi aplaudida pelos confrades.
A experiente e festejada poeta inicia dizendo que leu e releu "Versos da Alvorada", com tempo para adentrar a poesia de uma jovem de 24 anos, mas que escreve de forma densa e própria. "Pude sentir a melodia presente na poesia de Daniela, que é arquiteta de versos, vãos e concretos, mas, ao mesmo tempo se deixa permear pela musicalidade das palavras".
Adriana Moulin afirma que "há nestes poemas de saudade, um para cada ano, um nítido aprimoramento de sua arte de escrever. A autora em seus sexto e sétimo poemas consegue transmitir toda a sua tristeza e saudade em poucos versos; não que a dor tenha se aplacado, mas vejo aí o claro amadurecimento da poeta".
Continuando seu raciocínio, a poeta Adriana Moulin diz que não pode deixar de mencionar o poema "Canção de amor gramatical", que ela considera uma pérola. "Amo na linguagem culta, normativa. Amo no linguajar pobre, mas rico em expressões conotativas. Amo no sotaque e na sua ausência, na mistura das variações regionais, na semântica, na sintaxe e na regência".
A festejada poeta Adriana Moulin afirma ainda que, "é bem verdade que ninguém ensina ninguém a escrever poesia. O poeta nasce poeta, cria os seus próprios matemas, a sua própria forma de se expressar, mas a sua escrita só tem propósito se ele emocionar quem o lê. E a Daniela Dino sabe emocionar".
Adriana Moulin conclui dizendo: "gostei de ler uma poeta jovem, do sertão ou do cerrado, que brinca com tinta fresca e aquarela, gosta de cores e flores e que ainda vai evoluir no seu versejar - pois nasceu poeta1 (e o poeta sempre se amplia, floresce e se transforma) e que tem a seu favor o tempo e um DNA que é todo poesia iluminado seus versos".
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