Por determinação da Justiça, a Polícia Militar montou mais uma vez barreiras no centro da cidade para averiguar a documentação e as condições dos veículos que realizam o serviço de transporte coletivo. A blitz foi realizada na tarde de ontem, quarta-feira (8). Por conta da blitz, uma fila de ônibus se formou na rua Coriolano Milhomem. Como vem ocorrendo, novos ônibus da empresa VBL – Viação Branca do Leste, foram retirados de circulação.
Desde o início da operação, a Polícia Rodoviária Federal (PRF) e a PM já apreenderam 32 ônibus da mesma empresa. Estes carros lotam os pátios do Departamento Nacional de Infraestrutura de Transportes (Dnit), do Quartel da PM e da PRF. De acordo com os oficiais que comandam as operações, estes locais não têm mais capacidade em receber outros carros. “Os veículos presos hoje serão encaminhados para a barreira da PM, no sentido Imperatriz/Bananal”, revelou o Sargento Henrique.
Pegos de surpresas, os passageiros reclamam da forma como são informados sobre a apreensão dos ônibus. Como a senhora Brasilina de Sousa, que mora na cidade de João Lisboa. “O motorista parou o carro e pediu pra gente descer. Como eles fazem isso sem nenhuma explicação?”, reclamou. Ela diz ainda ter hora para chegar na rodoviária de Imperatriz e que não concorda com esta fiscalização. “É ruim assim, pior sem isso!”, grita, enquanto deixava o carro.
Todos os passageiros seguiram para o Terminal da Integração. Os motoristas da VBL conduziram os ônibus até o local determinado. Ninguém quis se manifestar, mas eles deixaram claro que não há outros carros para fazer a reposição.
Sem ônibus – A preocupação dos passageiros com a apreensão dos ônibus é que, em pouco tempo, as principais linhas estarão com problemas para atendimento aos passageiros. É que a cada fiscalização, entre seis a dez ônibus são detidos e recolhidos pelos policiais.
Um passageiro reclamou: “O negócio está ficando cada dia pior. Se com todos os ônibus os horários não são cumpridos, imagine com menos 32 ônibus em circulação”, questionou.