Representantes de municípios da região tocantina estiveram reunidos na manhã dessa terça-feira (15), no auditório da Universidade Aberta do Brasil - UAB, para debater e apresentar propostas ao Plano Estadual de Educação Ambiental. O Plano tem como objetivo assegurar a implementação de todas as linhas da Política Estadual de Educação Ambiental, por meio dos programas e projetos de educação ambiental, observando transversalmente as políticas ambientais do estado.
O Plano, que está sendo debatido em 18 regionais do Estado, tem a parceria da Secretaria de Estado de Educação - SEMED, que está sendo representada pela coordenadora ambiental da SEDUC, Eliane Abreu. A superintendente socioambiental da Secretaria de Estado de Meio Ambiente e Recursos Naturais - SEMA, Cleide Monteiro, coordena os debates do Plano Estadual de Educação Ambiental, apresentado pela técnica ambiental da SEMA, Tânia Ferreira.
Representando a Fundação Rio Tocantins e, na ocasião, a sociedade civil organizada, o ambientalista Domingos Cezar disse que esse seminário chegou bastante atrasado, "mas felizmente chegou", alfinetou. Ele reclamou da distância que separa o centro das decisões apresentando como primeira proposta a ser inserida no Plano a reestruturação e funcionamento da Diretoria Regional da SEMA, cuja sede encontra-se instalada em Imperatriz há mais de três anos.
Outra proposta apresentada pelo ambientalista é a implantação de uma Unidade de Conservação no que ele denomina de "região lacustre do rio Tocantins", localizada entre os municípios de Cidelândia, Vila Nova dos Martírios e São Pedro D'Água Branca. "Esta é a única região de toda a extensão do rio Tocantins em que existem dezenas de lagos que deveriam ser preservados para que os peixes possam procriar", sugeriu Domingos Cezar, lamentando que, ao contrário, a região está sendo devastada.
A coordenadora ambiental da SEDUC, Eliane Abreu, informou que o Governo do Estado criou uma coordenação ambiental no âmbito da SEDUC visando fortalecer o que se denomina de escola sustentável. "Educar a sociedade com sustentabilidade é o nosso grande desafio". Eliane Abreu foi responsável pela primeira palestra do Seminário com o tema "Desafios da Educação Ambiental da SEDUC", na qual mostrou a preocupação do órgão com as questões relacionadas a essa área.
Anfitrião do encontro, o secretário de Planejamento Urbano e Meio Ambiente de Imperatriz, Richard Seba Caldas, mostrou sua preocupação com esse distanciamento da SEMA, em São Luís, o que, para ele, dificulta a execução de serviços, citando licenciamento ambiental, que segundo ele existe uma grande demanda. O secretário disse que cobrou do Governo do Estado a reimplantação da diretoria regional da SEMA em Imperatriz, como ponto de referência para os demais municípios da região tocantina.
A superintendente Socioambiental da SEMA, Cleide Monteiro, disse que o Governo do Estado vem discutindo nas regiões políticas públicas no âmbito ambiental e cobrou a participação popular, dos representantes de entidades sindicais e sociais na elaboração do Plano. "Vocês conhecem os problemas ambientais de seus municípios, pois agora terão a oportunidade de apresentar propostas", afirmou Cleide Monteiro, observando que a SEMA e SEDUC compõem o órgão gestor de políticas públicas ambientais.
Concluindo a primeira fase do seminário, a técnica ambiental da SEMA, Tânia Ferreira, apresentou o Plano Estadual de Educação Ambiental, que é considerado como principal instrumento balizador das políticas dos programas e projetos de educação ambiental. Em seguida, as coordenadoras responderam todos os questionamentos feitos pelos participantes que foram inscritos.
Eixos - No período da tarde, os representantes dos municípios tocantinos debateram os seguintes temas: 1 - criação e apoio às "Escolas Sustentáveis", 2 - Educação Ambiental como apoio à Conservação dos recursos hídricos, 3 - Educação Ambiental voltada à abordagem dos resíduos sólidos, 4 - Educação Ambiental como apoio à gestão de Unidades de Conservação e 5 - Educação Ambiental como apoio às políticas de redução e combate ao desmatamento e queimadas. Nesta quinta-feira (17), o Plano está sendo debatido com os municípios que compõem a Regional de Açailândia. (Eva Fernandes/ASCOM)
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