Empresários de Imperatriz e região, do setor de mineração, ambientalistas e os secretários municipais José Ribamar Alves, o Cabo Jota Ribamar (Trânsito e Transportes), e Richard Seba Caldas (Planejamento Urbano e Meio Ambiente), que representou o prefeito Sebastião Madeira, participaram na manhã dessa sexta-feira (28) da consulta pública do Plano de Mineração do Maranhão 2030.
A audiência contou ainda com a participação da presidente do Conselho Municipal de Meio Ambiente – COMMAM, Ivanice Cândido Falcão Almeida; de José Francisco Brito, da Secretaria de Estado de Minas e Energia – SEME, e do geólogo Telton Corrêa, que representou o Ministério de Minas e Energia, por intermédio do Departamento Nacional de Produção Mineral – DNPM.
Os técnicos da SEME apresentaram no Plano de Mineração do Maranhão sete minerais ativos no DNPM, que estão espalhados por várias regiões do estado. A saber, o ouro, brita, argila cerâmica, calcário, água mineral, gipsita (esta encontrada em grande quantidade no município de Grajaú) e areia (também produzida em quantidade nos municípios de São Luís e Imperatriz).
O Plano Estadual de Mineração tem como objetivo principal servir de instrumento de planejamento para boa gestão dos recursos minerais, agregando valor aos minérios e ao território, gerando emprego, renda e multiplicando oportunidades. Em sua fala, Ivanice Cândido destacou que a questão ambiental é de muita importância para o Plano de Mineração do Maranhão, razão porque tinha que ser debatido.
O titular da Sepluma, Richard Seba Caldas, inicialmente justificou a ausência do prefeito Sebastião Madeira, que se encontrava em outro compromisso agendado anteriormente destacando que a extração de areia do rio Tocantins vem causando danos ambientais e ao trânsito da cidade. “Os empresários do setor precisam trabalhar e nós temos procurado afastar da zona urbana seus depósitos de areia”, afirmou o secretário.
Várias oficinas foram realizadas em alguns municípios maranhenses onde há incidência da produção dos citados minerais. A Secretaria de Estado de Minas e Energia, em parceria com o Ministério de Minas e Energia, está elaborando diagnóstico e Plano de Mineração para o Maranhão. Ele tem como base o Pará, estado rico na produção de minerais, especialmente ouro e ferro.
Na ocasião, o ambientalista Domingos Cezar, da Fundação Rio Tocantins e do Conselho Municipal do Meio Ambiente – COMMAM, informou que o grande gargalo de Imperatriz era a retirada desordenada de areia do rio Tocantins. “E esse problema se avoluma porque a areia é retirada de cima das praias e não do leito do rio”, disse o ambientalista, gerando uma discussão sobre o assunto.
Por sua vez, os empresários do setor garantiram que tinham licença do Departamento Nacional de Produção Mineral – DNPM e da Secretaria Municipal de Meio Ambiente – Sepluma, e que retiram areia dos locais concedidos pela licença. Eles culparam algumas pessoas, as quais, segundo eles, possuem dragas com as quais estão explorando ilegalmente a extração de areia das praias.
Comedido em suas colocações, o geólogo Telton Corrêa, do DNPM, disse que a mineração é condutora de grande parte da economia brasileira. “Os empresários do setor de mineração geram emprego, renda, todos nós precisamos de seus produtos, porém é preciso que eles trabalhem respeitando e em consonância com o meio ambiente”. Finalmente, foi repassado o e-mail da SEME para que os interessados enviem suas sugestões que podem ser agregadas ao Plano. (Domingos Cezar/ASCOM)
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