O presidente da Câmara Municipal, José Carlos Soares, designou a Comissão de Saúde da Casa para apurar denúncias de falta de medicamentos de uso diário destinados a pessoas com deficiência. As denúncias foram reiteradas por uma comissão de integrantes da Associação de Pessoas com Deficiência de Imperatriz na sessão dessa quarta-feira (23).
Segundo um dos representantes da comissão, Evandro Fernandes, os cerca de 330 pacientes com deficiência sofrem há oito meses com a falta de medicamentos e materiais de uso diário.
"Muitos já não conseguem nem sair de casa. A situação dos acamados é ainda mais grave. Faltam medicamentos e materiais usados diariamente, como sondas e fraldas. Sabemos que uma das principais causas de morte de pessoas com deficiência é a infecção urinária", alertou, anunciando que ele e outras pessoas com deficiência podem realizar nova greve de fome para chamar a atenção da sociedade, autoridades políticas, do Ministério Público e da Justiça, como a que ocorreu em 2015 em frente ao fórum da cidade que durou 36 horas.
Segundo a comissão, o prefeito Assis Ramos está descumprindo o Termo de Ajuste de Conduta (TAC), assinado pelo Município na gestão passada com o Ministério Público.
"O pior é que não há nenhuma licitação para compra desses medicamentos e materiais. Repudiamos a atitude do prefeito pela falta de transparência. Queremos que ele cumpra a lei e seja transparente", disse Evandro Fernandes, acrescentando que as pessoas que precisam dessa medicação podem entrar na Justiça com uma Ação Civil Pública por improbidade administrativa contra o atual gestor.
"Não há nenhuma licitação encaminhada para compra desses medicamentos e materiais. Isso é um descaso", protestou o vereador Carlos Hermes (PCdoB), que protocolou na Justiça uma Ação Civil Pública por improbidade administrativa contra o prefeito Assis Ramos. O vereador defendeu a convocação urgente do secretário de Saúde, Alair Firmiano, para dar explicações sobre o problema.
(Carlos Gaby/Assimp)
Publicado em Cidade na Edição Nº 15951
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