Professor do curso de Comunicação Social - Jornalismo da Universidade Federal do Maranhão campus Imperatriz, o professor DSC, Marcos Fábio Belo Matos, assume a direção da Universidade. Licenciado pelo IFMA (Instituto Federal do Maranhão) em Língua Portuguesa e graduado em Comunicação Social - Jornalismo pela UFMA-São Luís, o professor já tem 23 anos de serviço público.
Em uma conversa para O PROGRESSO, Marcos fala sobre os desafios de gerir uma grande instituição como a UFMA.
O PROGRESSO - A UFMA tem muitos problemas estruturais, há alguma verba para sanar ou remediar a infraestrutura?
Marcos Fábio - Temos uma verba oriunda do orçamento geral da União para que priorize duas coisas. A primeira é o campus do centro, para que possamos melhorar as atividades de sala de aula. Sanar problemas emergenciais. Estamos com um projeto aprovado na prefeitura de campus para a ampliação da segmentação do prédio de comunicação. Esse anexo comportará o núcleo de práticas jurídicas, brinquedoteca do curso de Pedagogia, escritório escola do curso de Ciências Contábeis e o aumento de 15 salas de aulas. Essas são demandas já solicitadas pelos cursos durante 30 anos. A segunda prioridade é a finalização das obras no campus Bom Jesus. Esse dinheiro é da própria UFMA, com determinação orçamentária do Reitor. Estamos em uma grande força tarefa para cumprir o prazo do dia 03 de junho, data marcada pelo Natalino Salgado, reitor da instituição.
O PROGRESSO - Com o uso do SISU como critério de seleção para os cursos da UFMA, muita gente tem vindo de fora para estudar em Imperatriz. Chegando na cidade, esse estudante enfrenta problemas com os altos preços de moradia, alimentação, entre outros. Quais são os projetos de assistência estudantil que serão implantados ou ampliados em sua gestão?
Marcos Fábio – Eu tinha um projeto de efetivar as residências universitárias, mas fui informado pela PROEX que este projeto está em desuso no Brasil. A alternativa oferecida é o auxílio moradia. Esse benefício é direcionado para o estudante carente pagar suas despesas exclusivamente de moradia. São R$ 300,00. Esse já está implantado em São Luís. Estamos lutando para conseguir novas bolsas de assistência estudantil. Enquanto na capital existem por volta de 23 programas de auxílio para o estudante, aqui em Imperatriz tem dois ou três.
Projeto de alimentação gratuita no Restaurante Popular - Esse projeto já existia desde o ano passado. Este ano nós fizemos um contato com a SEDES – Secretaria de Desenvolvimento Social. Ela autorizou que fosse feita uma pré-seleção. O estudante se inscreve, faz cadastro e depois vai para triagem do Restaurante Popular e de lá, a assistente social faz uma visita ao lar e determina se é concedido ou não a bolsa. As parcerias com a prefeitura estão sendo refeitas, tudo para beneficiar nosso aluno.
O PROGRESSO - Há perspectivas para novos concursos?
Marcos Fábio – Este ano estamos com alguns concursos. Os primeiros têm como objetivo montar o corpo docente de medicina, porque o curso está começando. Já pedimos o concurso para os técnicos e estamos esperando o direcionamento do PRH. Este ano estamos esperando muitos concursos para professores e técnicos.
O PROGRESSO - Quais são os cursos de pós-graduação que a Universidade receberá este ano?
Marcos Fábio – Recebemos o nosso primeiro mestrado de Ciências Materiais, que será implantado em agosto, esse será o embrião de outros mestrados. Nossa intenção é conseguir um mestrado na área de Ciências Humanas para que ele possa abraçar diversos cursos. Chamamos de Mestrado Interdisciplinar. Com isso, podemos alocar diversos professores da Universidade.
O PROGRESSO - Como anda a instalação do curso de Medicina?
Marcos Fábio – O curso de Medicina começa em 2014.1. O curso já é uma realidade, existe uma comissão da PROEN que está trabalhando para construir o projeto político pedagógico. Essa comissão é formada por representantes da prefeitura, Conselho Regional de Medicina e representantes da própria PROEN. O curso deveria começar em 2013.2, só que para uma melhor adequação resolveram abrir em 2014.1. Quem fazer as provas do ENEM em 2013 já pode fazer medicina em 2014 na UFMA de Imperatriz.
O PROGRESSO - Que novos cursos estão previstos?
Marcos Fábio – É uma questão de estudo com os conselhos para a instalação de outras graduações. Na área de saúde é necessário instalar outro curso. Isso porque para criar a residência médica (especialização do curso de Medicina) é necessário ter três cursos da área da saúde. Não sabemos qual é ainda, mas queremos que essa graduação aproveite a estrutura dos cursos (de saúde) já instalados.
O PROGRESSO - Em quatro anos, quais são as metas que essa gestão para a UFMA?
Marcos Fábio – Eu quero duas coisas para o final de quatro anos. Quero que a UFMA seja reconhecida na região como uma grande propulsora de ciência e tecnologia, com uma estrutura referência para abrigar a graduação e a pós-graduação. Eu quero também que em quatro anos nossa Universidade não seja reconhecida como uma simples instituição acanhada no centro da cidade, com um muro branco pintado de azul. E que ao longo do prazo possamos criar um embrião de uma nova Universidade.
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