Não resta a menor dúvida de que Imperatriz é a cidade dos contrastes, que se aplica a ela o princípio chinês do "yin e yang". Se por um lado houve uma evolução que dinamizou e modernizou grande parte de suas ruas e avenidas, por outro ainda existem setores, nas mesmas condições dos primeiros, que ainda hoje aguardam investimentos e uma valorização imobiliária capaz de atrair a atenção, não somente da iniciativa privada, como também do poder público, ainda que haja uma especulação econômica a coibir que novos investimentos sejam realizados, sobremaneira considerando aspectos naturais no desenvolvimento urbano da própria cidade. Este é o caso da Rua Rio de Janeiro, que pode ser vista em três dimensões, ou etapas, no seu percurso entre a Rodovia Transbrasiliana (BR 010) e a Avenida Bernardo Sayão, destacando-se que ela foi, no contexto das ruas transversais em relação a Avenida Getúlio Vargas, a última a fazer parte do traçado elaborado por Mundico Barros. Isso não significa garantia de desenvolvimento urbano porque cada dimensão, ou etapa, tem características distintas e cada uma delas faz parte de setores divergentes em relação aos investimentos realizados na área da construção civil, em muitos casos, inibida pela ausência de serviços públicos nas regiões mais críticas onde ainda predominam as áreas alagadas e uma topografia que desafia investidores que ainda não se deram conta da importância de se ocupar os espaços existentes nesta região que é uma das mais importantes de Imperatriz.
Wilton Alves
A expressão três dimensões em relação à Rua Rio de Janeiro se torna compreensível quando vista por cada etapa, seja histórica e em relação ao desenvolvimento por períodos distintos, considerando-se os investimentos relacionados à construção civil e valorização de cada um dos setores enfocados.
A primeira dimensão estabelecida está situada no final dos anos 60 e início dos anos 70, quando a Rua Rio de Janeiro, embora com traçado até a Avenida Bernardo Sayão, praticamente só existisse no trecho compreendido entre as ruas João Lisboa e Luís Domingues, onde ela tem início às margens da BR 010, mas sem grandes investimentos, destacando-se apenas um mercado popular na confluência com a Rua Dorgival Pinheiro, e posteriormente uma filial do Supermercado Real. Ambos não existem mais e na área hoje está localizado um posto de combustíveis.
À primeira vista, a Rua Rio de Janeiro parecia estar destinada ao abandono, uma vez que embora estivesse tão próxima da Rodovia Transbrasiliana, os investimentos não chegavam e ela não era, literalmente, uma alternativa residencial naquele trecho, daí a conclusão óbvia de que nem mesmo os investimentos que eram feitos no Entroncamento seriam capazes de exercer qualquer influência no desenvolvimento urbano da Rua Rio de Janeiro no trecho citado, até mesmo porque não havia nada que pudesse chamar a atenção dos investidores.
Segunda dimensão - A partir da Rua João Lisboa até os primeiros anos da década de 80, a Rua Rio de Janeiro não oferecia qualquer perspectiva de crescimento urbano da região, em especial porque era intransitável em qualquer período do ano, dificultando assim a edificação de novas e melhores moradias em lugar das existentes, o que significa afirmar, que uma valorização imobiliária estava longe de acontecer, embora a Rua Rio de Janeiro, no contexto, fizesse parte do "centro" da cidade.
Não deixa também de ser verdade que poucas pessoas, apenas, continuassem acreditando nas potencialidades de Imperatriz. Isso explica a ausência de investimentos no período, e fundamentalmente porque a maioria continuava esperando ações da administração pública que tornassem a Rua Rio de Janeiro pelo menos trafegável, em condições de receber novas moradias, proporcionando à construção civil os mecanismos indispensáveis para que ela pudesse atuar, inclusive no sentido de dar ao trecho da Rua João Lisboa até a "baixada alagada", o mínimo de trabalho para que ocorresse também uma valorização imobiliária, indiscutivelmente a propulsora dos fatores econômicos de Imperatriz em todos os períodos de sua história.
Rio de Janeiro - O estado do Rio de Janeiro tinha como capital a cidade de Niterói. Com o advento do estado da Guanabara, a capital foi transferida para a cidade do Rio de Janeiro, onde permanece até hoje, mesmo com o final do estado da Guanabara, sendo relevante observar que a cidade do Rio de Janeiro foi também a capital do País até o advento de Brasília, inaugurada em 21 de abril de 1960.
É relativamente pequeno em relação a sua área territorial, com apenas 43.305 km2, e mesmo assim é a segunda economia do País, bem como em importância social e política, inclusive nos aspectos culturais em todas as suas áreas e manifestações, sobretudo em relação à cidade do Rio de Janeiro, capital do estado.
Com mais de setenta municípios, as principais cidades são, além da capital, Niterói, Campos, Volta Redonda, São João de Miriti, Angra dos Reis, Parati, Nova Friburgo, Barra do Piraí, Barra Mansa, Duque de Caxias, Petrópolis, Nova Iguaçu, Teresópolis, Vassouras, Valença, Macaé, São João da Barra e Nilópolis.
Economia - Em Volta Redonda está instalada a Companhia Siderúrgica Nacional, que dá a cidade o título de capital brasileira do aço. No entanto, o Rio de Janeiro, hoje, se destaca também na produção de petróleo, em especial na Bacia de Campos, assim como possuir expressivo parque industrial com refinaria de petróleo, indústria farmacêutica, e ainda no contexto da economia do Estado, um destaque especial para a indústria do turismo, principalmente na cidade do Rio de Janeiro, berço de eventos culturais imensuráveis e por ser, conforme a crítica especializada, a capital mundial do carnaval.
Se por um lado a indústria do turismo é relevante para a economia do Estado, por outro a cidade tornou-se referência nacional como berço das comunicações no Brasil, onde surgiram as maiores e mais importantes publicações literárias, assim como as principais emissoras de rádio e TV que ensejaram a expansão desse trabalho para o interior do País.
Não se pode desprezar também, como fonte de economia, o desenvolvimento de atividades esportivas em todas as áreas, o que significa afirmar que o esporte é também agente importante na área do turismo, trazendo investimentos e eventos imensuráveis que contribuem, e muito, com a economia do Estado.
Terceira Dimensão - Pode-se considerar como terceira dimensão o trecho da Rua Rio de Janeiro que está situado entre a "baixada" e o seu final, na Avenida Bernardo Sayão. Grande parte deste trecho está localizado no Jardim Três Poderes, onde é visível o investimento da construção civil e a perspectiva de novos investimentos que possibilitem uma verdadeira integração da cidade, destacando que este trecho é também uma fronteira natural entre o Jardim Três Poderes e o bairro Maranhão Novo.
Na área econômica da Rua Rio de Janeiro poucos foram os investimentos feitos, destacando-se apenas poucas empresas dos setores industriais e comerciais e algumas na prestação de serviços. Quanto à construção civil, à exceção do Jardim Três Poderes, o desenvolvimento urbano ainda é tímido e sem projeção adequada a uma possível valorização imobiliária, muito embora a rua faça parte de uma das melhores alternativas habitacionais da cidade, em especial pela sua privilegiada localização.
Coelho Neto, escritor maranhense, foi quem deu o título de CIDADE MARAVILHOSA à cidade do Rio de Janeiro.
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