Raimundo Primeiro

“Imagine todas as pessoas vivendo a vida em paz, nenhum motivo para matar ou morrer; imagine todas as pessoas partilhando todo o mundo”.
Com trechos da música “Imagine”, do ex-The Beatles John Lennon, trago à baila a importância, mais do que nunca, da paz entre os povos, das nações de todos os cantos do planeta.
O atentado terrorista na boate Pulse, em Orlando, nos Estados Unidos, reforçou o quão fundamental faz-se necessário o homem aproximar-se de Deus.
O mundo continua estarrecido ante aos estragos do maior atentado e do maior massacre a tiros ocorridos na história dos Estados Unidos. A terra do tio Sam, mais uma vez, foi palco de cenas de produções cinematografias e, ao mesmo tempo, inimagináveis.
Os cidadãos comuns ainda estão estupefatos com o acontecimento. Seria um domingo como outro qualquer. Mas a ação de uma mente que não conseguiu compreender as transformações do mundo culminou com o episódio agora noticiado amplamente pela imprensa mundial.
O que pensar da mãe, em casa, ao receber um telefonema do filho que iria morrer. Com certeza, sensação indescritível para quem não conseguiu gestar. Passar pelas diversas transformações provocadas pelo ato de gerar um filho.
Mesmo de origem afegã, Omar Sedique Mateen, 29 anos, responsável pela chacina na boate gay, deveria ter pensado antes que o ato praticado por ele tiraria inocentes do convívio, principalmente, entre seus parentes. Que pais e mães ficariam órfãos. Eles não são culpados.
O mundo é que deveria ser melhor. Ou seja, os homens deveriam buscar harmonia entre si. A palavra de ordem, sob todos os aspectos, deveria [e deve ser] viver em paz, comungando, assim, das melhores intenções.
Terrorismo, não; absolutismo, idem. Os tempos são outros. Portanto, o fundamentalismo tem de ser distanciado cada vez mais das pessoas que habitam o mundo moderno, colocando em prática, como resultado, novas conjunturas. E, notadamente, uma nova forma de convivência.
A propósito, vale lembrar o que, acertadamente, disse Mahatma Gandhi: “a não-violência é a arma dos fortes”. Com seu jeito franzino, simples e harmonizador, ele conseguiu libertar o povo indiano dos domínios ingleses, iniciando um novo tempo na Índia.
Aos jovens, mais do que nunca, cabe o buscar da conciliação, do diálogo, da união e, sobretudo, do querer a erradicação de males que ainda vitimam milhares de pessoas, principalmente nos países do chamado terceiro mundo. O Brasil tem, também, suas mazelas. Os políticos continuam com engodo e inertes em relação à resolução de problemas que afligem a população.
Que o ato que deixou 50 mortos na boate gay, nos Estados Unidos, faça com que o homem reflita. Pare e repense sobre como ele continua vivendo, trazendo-o para a realidade.
E, assim, leve-o ao processo de reação proativa e instigue programas, visando à paz mundial.