Hemerson Pinto
Na Rua Boa Esperança a esperança é ver água saindo das torneiras das residências, o que não acontece há mais de 15 dias. Segundo moradores, o problema existe há muitos anos, porém há mais de duas semanas o líquido precioso não chega. Resta a procura por água nas residências onde há poços artesianos ou mesmo outros bairros, nas casas de amigos ou parentes.
“A gente chega do trabalho à noite e não pode sequer tomar banho, quer fazer comida e não pode, quer lavar roupa e não pode. Pela manhã não tem água para fazer café. É um sofrimento que tem mais de 15 dias e parece não ter fim”, diz a dona de casa Cláudia Oliveira.
Os moradores descrevem uma cena comum nos últimos dias no bairro: gente caminhando de um lado para outro com baldes ou recipientes com capacidade para dois ou mais litros em busca de água.
“Tem gente que vai buscar água mais longe e leva tambores dentro do carro. Outros passam na rua com carro de mão cheio de litros de água. Ninguém aguenta mais. Até o posto de saúde ficou sem água”, desabafa.
No início da semana, moradores da Vila Cafeteira também levaram a público os transtornos enfrentados com problemas no abastecimento de água, principalmente em algumas quadras da Rua Montes Altos, um dos locais mais altos do bairro, onde a água não consegue chegar às torneiras.
Esta semana a Câmara de Vereadores voltou a discutir a falta de água em vários bairros de Imperatriz e lembrou a Comissão Parlamentar de Inquérito, a CPI da Caema, que foi engavetada depois de aprovada. A Comissão investigaria os investimentos feitos nos últimos anos em Imperatriz pela Companhia de Saneamento Ambiental do Maranhão.
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