O Centrinho, como o serviço é chamado, funciona por meio da parceria entre a Faculdade de Imperatriz, a Associação Brasileira de Odontologia, a Secretaria Municipal de Saúde e a Smile Train (Associação Americana que dá suporte a serviços semelhantes em todo o mundo).
O projeto foi apresentado às autoridades, imprensa, profissionais e alunos da área de saúde ontem à noite nas dependências da Facimp. Essa unidade de atendimento de saúde bucomaxilar vai contar a partir de agora com sete salas de atendimento (psicologia, nutrição, serviço social, fonoaudiologia, cirurgia, odontologia e casos novos).
Os pacientes serão submetidos à cirurgia no Hospital Municipal, o Socorrão. Esta semana está prevista a realização de pelo menos três cirurgias. A informação é do cirurgião bucomaxilar e professor universitário Leonilson Gaião, um dos entusiastas da parceria da Facimp com a Prefeitura que vai possibilitar a melhoria desse serviço que em Imperatriz é realizado desde 2007.
Os usuários serão atendidos por uma equipe multidisciplinar, formada por assistente social, nutricionista, cirurgião bucomaxilofacial, cirurgião plástico, fonoaudióloga, psicóloga e ortodontistas e odontopediatras, junto a uma grande equipe de estagiários.
Para a secretária de Saúde, Conceição Madeira, essa é um tipo de parceria de alcance social extraordinário e que proporciona satisfação a qualquer gestor, já que trata-se de um serviço que muda para sempre a vida de uma pessoa.
Deformidade - O lábio leporino é uma abertura na região do lábio e/ou palato do recém-nascido, ocasionada pelo não fechamento dessas estruturas na fase embrionária, isto é, entre a 4ª e a 12ª semana de gestação.
As fissuras podem ser unilaterais ou bilaterais e variam desde formas mais leves como cicatriz labial ou úvula bífida ("campainha" dividida) até formas mais graves, como as fissuras completas de lábio e palato. As fissuras podem deixar o canal oral em contato com o nasal.
Em cada 650 nascimentos no Brasil, uma criança nasce com fissura labiopalatal. Uso de álcool ou cigarros, a realização de raios-x na região abdominal, a ingestão de medicamentos, como anticonvulsivantes ou corticoide, durante o primeiro trimestre gestacional, deficiência nutricional, além da hereditariedade são as principais causas.
Com a alteração da anatomia da face, há maior risco das crianças aspirarem o alimento provocando infecções como otites e pneumonias. As otites podem causar prejuízos no desenvolvimento da fala e linguagem. As anemias também são frequentes nas fissuras labiopalatais normalmente solucionáveis com uma dieta balanceada em sulfato ferroso. (ASCOM)
Publicado em Cidade na Edição Nº 14940
Pacientes com fissura labial agora contam com Centro de Atendimento em Imperatriz
O serviço é uma parceria entre a Faculdade de Imperatriz e a Secretaria Municipal de Saúde
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