Times de futebol limparam o matagal na área, que depois foi transformada na Praça da União

Em dezembro de 1958 um grupo de trabalhadores, sob a liderança do mestre de obras Cosmo de Sousa, se reuniu e fundou a União Artística, Operária e Agrícola de Imperatriz, a qual seria uma das primeiras entidades civis criadas na cidade. Como ele era o braço forte da administração do prefeito Simplício Moreira, em meados da década de 50, o prefeito lhe presenteara uma extensa área no final das ruas do Fio, hoje Dom Pedro II e Teresa Cristina.

Com a fundação da União, Seu Cosmo, como também era conhecido, decidiu doar parte da área para a entidade. Desta forma, a pequena sede foi construída na confluência da Rua Benedito com a Rua Teresa Cristina, proporcionando uma área de lazer aos seus filiados.
A União Artística, Operária e Agrícola de Imperatriz - como o nome já revela - tinha no seu quadro de filiados pedreiros, serventes de pedreiros, oleiros, carroceiros, pequenos agricultores, pessoas de profissões humildes que viviam à margem da elite da cidade.
A partir da sede, já no mandato do também mestre de obras Luís Farias, surgiu a ideia de se formar um time para competir com o Imperatriz, Renner, Comercial e GBS (Ginásio Bernardo Sayão), times que disputavam o campeonato local antes da criação da Liga de Futebol.
Em meados do mês de maio de 1964, filiados da entidade e jovens jogadores do time, munidos de foice e facão, limparam o matagal ali existente criando o campo de futebol, onde, a partir de então, o time treinava sob o comando do técnico João Baiano.
João Baiano era oleiro e torcedor fanático do Santos, time de Pelé. Comandou por muitos anos o time que foi extinto no final da década de 70, quando a sede foi derrubada e o campo desapropriado para a construção da Praça da União, por determinação do prefeito Carlos Amorim. (Domingos Cezar - Ascom)