"O autismo não escolhe cor, raça, nem condição social, ele pode atingir desde uma família extremamente conhecedora a outra que não tem conhecimento algum", diz Joselma Gomes, neuropsicopedagoga, que atua há mais de 20 anos na área de educação inclusiva. A fala da professora universitária e pesquisadora reforça a importância de se discutir sobre o autismo nesse novo modelo social que se (re) configura a cada momento.
Várias ações foram realizadas em todo o Brasil e, em Imperatriz, o Imperial Shopping recebeu no Dia Mundial de Conscientização sobre o Autismo, comemorado no última segunda-feira (02), educadores, estudantes de Pedagogia da Devry Facimp e profissionais da Clínica Resilience para tratar do assunto e levar informações aos seus consumidores. Muitos pessoas pararam durante a ação para receber gratuitamente orientações de quais são os primeiros passos para identificar o autismo e de como buscar auxílio.
"Ainda temos muitas dificuldades para falar sobre o assunto devido à variação comportamental do autismo. Alguns apresentam X sintomas, outros apresentam Y sintomas, eles nunca serão iguais e isso gera uma grande confusão. E esse é um dos primeiros pontos que precisamos discutir. Aqui no shopping a gente tem a oportunidade de falar para várias pessoas, em alguma loja alguém vai ouvir, vai pegar um panfleto e já pode ajudar alguém que conhece, referências na cidade para buscar essa ajuda", diz a neuropsicopedagoga.
Em uma de suas falas aos participantes, Joselma Gomes também reforçou que o autismo não é uma deficiência intelectual, embora ele possa gerar dependendo do que pode ser agregado em alguma fase, porém, que é um modo diferente de atuar socialmente, de perceber as coisas, de sentir, de gostar. "É um processamento diferente e, buscamos na conscientização mostrar isso, esse entendimento de que esse sujeito vai processar diferente e que nós precisamos entender o modelo que ele pensa", reforçou.
A estudante do Adrielle Silva cursa o 6º período de Pedagogia, atua como cuidadora e reforça como a atenção à criança é fundamental para o seu desenvolvimento. "Me identifico muito com essa área, sobretudo o cuidado com a criança com deficiência ou com algum tipo de necessidade especial. O autismo pode ser leve, severo ou moderado, é importante perceber o comportamento da criança, e caso perceba alguma mudança no seu desenvolvimento, já pode buscar um acompanhamento para tentar identificar qual é a falha", disse.
Dados
O autismo faz parte de um grupo de desordens do cérebro chamado de transtorno invasivo do desenvolvimento (TID) - também conhecido como transtorno global do desenvolvimento (TGD). (Assessoria de Imprensa)
Publicado em Cidade na Edição Nº 16102
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