Emocionalmente abaladas com a tragédia de Suzano (SP), onde duas pessoas, uma de 17 anos e outra de 25, invadiram a Escola Estadual Raul Brasil e mataram oito pessoas, diversas cidades brasileiras vivem a onda de boato que se espalha causando apreensão e medo. Em Imperatriz não é diferente.
No dia 17 de março, uma aluna da escola Graça Aranha dividiu com outros alunos e chegou aos professores, um áudio de whatsapp manifestando a desconfiança e o temor diante de possível ameaças: "Professor, boa tarde, não sei se o senhor tá sabendo, mas tá correndo o boato de que amanhã uma gang vai invadir o Graça Aranha e vai vai fazer tipo o que aconteceu com a escola de Suzano. Muitas pessoas estão falando que isso é mentira, mas tipo eu e outros... estamos com muito medo de isso ser verdade. A gente queria saber se o senhor tem notícia, saber se isso realmente verdade, porque como o senhor conhece outras pessoas.., porque a gente não queria faltar amanhã, porque tem a questão da prova..."
Como medida de segurança uma viatura da PM permaneceu à porta da escola por todo o dia e nada aconteceu. Depois dessa "suposta ameaça", outras ocorreram e todas se revelaram infundadas, mas o boato persiste. Inclusive, em Timom, cidade maranhense na divisa com o Piauí, uma criança de 11 anos, armada com um estilete, invadiu uma escola.
Ontem, em Imperatriz, uma escola particular foi vítima da boataria, levando sua administradora a divulgar uma Nota aos pais, com o intuito de tranquilizá-los. Ocorreu que dois policiais militares permaneceram por toda a manhã em uma escola em frente, durante a realização de uma ação do Grupo Especial de Apoio à Escola (GEAP) e que envolve todas as escolas públicas. O fato acabou por gerar muitas perguntas entre os pais que e alunos, com a imaginação correndo solta em direção a tragédia de São Paulo.
Publicado em Cidade na Edição Nº 16348
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