Lídio Almeida
Em reunião realizada nessa quarta-feira (04), na Câmara Municipal, o médico oncologista Gumercindo Filho chamou atenção para a falta de informação da população feminina no combate ao câncer de mama. Imperatriz é uma cidade que está assistida neste setor e o atendimento em mastologia é feito no Centro de Especialidades dos Três Poderes, depois que as pacientes passam por uma triagem nas Unidades Básicas de Saúde (UBS) do município, onde recebem encaminhamento.
“É preciso ressaltar que não são apenas os pacientes de Imperatriz, mas também existem as demandas dos municípios vizinhos, tais como Buritirana, Governador Edison lobão, Campestre do Maranhão e diversos outros. Os secretários de Saúde desses municípios encaminham os pacientes para Imperatriz, onde passam pela triagem. Em seguida, eles recebem o atendimento do mastologista ou médico especialista em oncologia no Centro Três Poderes”, lembra Gumercindo Filho.
A paciente é examinada e são realizados exames, como ultrassonografia da mama e mamografia. Havendo alteração, é realizado o procedimento de biópsia. Em seguida, é feito o diagnóstico dessa paciente para saber se ela tem problema benigno ou maligno.
O tratamento das patologias benignas é totalmente realizado pelo município de Imperatriz, bem como as biópsias. Já quando o resultado aponta um problema maligno, a paciente é encaminhada para o Hospital São Rafael, que é o hospital de tratamento de câncer em Imperatriz e região tocantina.
Para melhorar ainda mais o atendimento, três mastologistas foram cadastrados pelo município, após o último concurso público realizado. A partir de janeiro, eles vão continuar realizando o atendimento na cidade de Imperatriz, cuidando integralmente do setor de mastologia para toda a população feminina.
“Nós ainda temos poucos dados acerca da incidência, mas um projeto para organizar a coleta de dados dos pacientes que foram tratados no município (Socorrão), na rede privada conveniada e também no hospital São Rafael, já está em vigor. O levantamento anual vai avaliar a eficácia das campanhas de prevenção, bem como verificar também os locais onde não são realizados os exames de mamografia como deveriam ser realizados, para que a tarefa seja realizada com mais cuidado e mais critério. O estudo e a análise já estão sendo feitos e já em 2013 todos os dados serão apresentados com maior consistência e exatidão”, afirmou o médico Gumercindo Filho.
Prevenção
Segundo o oncologista, “a prevenção está nos hábitos de vida saudáveis”. Para ele, “prevenção em câncer de mama é igual diagnóstico precoce, ou seja, a partir dos 40 anos as mulheres têm que procurar um médico especialista ou um mastologista ou um ginecologista para realizar um exame. A partir dos 40 anos, ela também pode realizar o autoexame das mamas e caso surja algum nódulo, ela deve procurar um médico especialista, realizar a mamografia, que é uma peça fundamental para se fazer o diagnóstico precoce, porque a maioria das lesões na mama em estágio inicial têm mais de 90% de chance de cura”, afirmou Dr. Gumercindo Filho.
Ainda de acordo com o oncologista do Programa de Assistência Integral à Saúde da Mulher (Paism), “infelizmente, aqui na nossa região, nós pegamos muitos casos em estágio avançado e, com isso, diminuem muito as chances de cura da paciente. Entretanto, ações como esta do Outubro Rosa visam a conscientização da população através da sociedade civil organizada e da imprensa. O objetivo é atingir o maior número de pessoas para que elas tenham o maior cuidado com as suas mamas”, ressaltou Gumercindo Filho. (Comunicação)
Publicado em Cidade na Edição Nº 14522
Oncologista do Programa de Atenção à Saúde da Mulher de Imperatriz alerta para a importância da prevenção
Câncer de mama em estágio inicial tem 90% de chances de cura
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