Alunos e profissionais da área artística ampliaram seus horizontes culturais com oficina sobre a arte do teatro de objetos

Nessa quinta-feira (25), a Companhia Gente Falante, que viaja pelo Brasil com o projeto “Palco Giratório”, ministrou no Campus de Imperatriz a oficina “Construção da Forma e do Movimento”. Estudantes da UFMA e profissionais da área artística de Imperatriz participaram da oficina no campus Centro e aprenderam sobre a arte do teatro de objetos.
A oficina trabalhou com os participantes principalmente a utilização do corpo para a manipulação de objetos, estudou os movimentos e a história do teatro de formas animadas, além da sonoridade, narrativa e função dos objetos. O ator e ministrador do curso, Paulo Martins Fontes, explica que o projeto viaja nacionalmente fazendo circuitos nas cidades e interiores levando um teatro onde normalmente não chegam. “Passamos que os objetos não são meras peças comuns da indústria e que temos que ter um olhar mais poético diante das coisas, trabalhando a imaginação a partir do utensílio”, afirmou.
O Projeto Palco Giratório integra a rede do Serviço Social do Comércio (SESC) de intercâmbio de Difusão das Artes Cênicas há dezesseis anos. Possui entre os objetivos promover a circulação de espetáculos, realizando trocas metodológicas de trabalho entre os grupos cênicos visitantes e locais e promovendo oficinas.
A técnica de cultura do Sesc, Carolina Aragão, destaca a importância da universidade em ter acolhido o projeto, cedendo assim um espaço para a cultura, já que o teatro pode ser usado como ferramenta pedagógica. “A universidade é um espaço de aquisição e troca de conhecimento, nada mais adequado que utilizar esse espaço da Universidade Federal do Maranhão”, explicou.
O aluno do curso de Pedagogia, Michel Silva da Costa, explica que o seu interesse em participar da oficina se deve ao fato de trabalhar há dez anos no teatro amador e que a experiência adquirida nesta oficina irá contribuir para sua graduação como educador. “Na educação infantil fala-se muito na ludicidade na educação, é muito interessante utilizar esta ferramenta no ensino-aprendizagem da criança, em que ela mesma constrói o seu próprio conhecimento”, ressaltou.
A Cia Gente Falante, que é do Rio Grande do Sul, há 22 anos pratica o teatro de objetos no Brasil e ontem (26) apresentou o espetáculo “Louça Cinderela”, às 18h e 19h, no Teatro Ferreira Gullar de Imperatriz, com uma adaptação da conhecida estória da Gata Borralheira, envolvendo com uma apresentação interativa e reflexiva.