Hemerson Pinto
A Associação de Moradores tem sede própria e com direito a ar condicionado. Casas pequenas, a maioria um cômodo feito de tijolos, mas ocupadas. Outras são menores ainda, cobertas de telhas e cercadas por paredes de papelão ou compensado. “Mas o importante é que estamos ocupando a área”, comentou um dos moradores.
Há quase dois anos um grupo de pessoas resolver invadir a área que passou a ser reclamada por uma construtura que alega na justiça ser dona das terras. O caso se arrasta e é mais um acompanhado pela Secretaria de Regularização Fundiária.
Enquanto não há desfecho favorável a nenhumas das partes, os associados no projeto liderado pelo homem identificado como Aldemar acreditam cada vez mais na conquista de um pedaço de chão para construir a casa própria.
Como em outras invasões na zona urbana de Imperatriz, carros e motocicletas entram e saem a cada minuto nas ruas improvisadas. “Eu estou vendo se ainda consigo um pedacinho de terra”, disse a empregada doméstica Maria José, acompanhada do marido, o pedreiro Claumir Sousa.
Preocupado com dois terrenos localizados próximos à área invadida, um homem que falou por telefone com a nossa reportagem afirmou: “Fiquei sabendo que estão vendendo lotes que foram invadidos e querem invadir o meu e de outros. Isso ainda vai dar muita confusão”, comentou, sem querer identificar-se.
Para o líder do movimento, “aqui somos todos pessoas que não têm onde morar e estamos confiantes que aqui é nosso”, declarou Aldemar.
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