Elson Araújo
É muito egoísmo da parte de alguns seres humanos não se preocupar com as gerações que herdarão o Planeta Terra. Para estes, efeito estufa, aquecimento global, ameaças de guerras biológicas e nucleares, a poluição dos oceanos, a destruição da cobertura florestal , se não são balela, “é tudo coisa de ecochatos” e devem ser tolerados em nome do desenvolvimento da humanidade. Ignoram o fato que {sem freios} esse dito desenvolvimento sem justiça social, sustentabilidade e eficiência econômica pode levar a mais uma vez a extinção em massa da vida neste fragmento cósmico de 4,5 bilhões de anos chamado Terra.
A menina Greta de 16 anos, escolhida pela prestigiada Revista Time (EUA) como a personalidade do ano, tem o mérito de ter aquecido o tema da sustentabilidade da vida na Terra ao iniciar, a princípio, solitariamente, uma cruzada global contra os crimes ambientais que ameaçam a humanidade. Sua voz, que não é mais só dela, tem sido alvo de contra-ataques e críticas contumazes por parte de líderes que ignorando a efemeridade do poder, preocupam-se apenas com a satisfação econômica atual de seus países sem pensar em qualquer sustentabilidade futura. Ignoram o fato que estamos aqui como passageiros e que depois de nós outros virão. E qual o espólio será deixado para esses outros filhos da Terra que herdarão isso aqui?
O mundo precisa de mais “ecochatos” como a menina Greta até para nos lembrar que precisamos cuidar bem dessa morada que ocupamos no universo, sob pena de ainda nessa geração se tornar, como já o é, em alguns lugares, um lugar impossível de se viver. A ativista com seus 16 anos e sua influência global representa a esperança de que no nem tudo está perdido. Ela não é mais somente uma voz clamando no deserto. Há outras vozes no mundo inteiro se juntando a ela na luta pela preservação da vida na Terra.
Importante ressaltar que nesses bilhões de anos, conforme estudos científicos, a vida na Terra já esteve perto da extinção por pelo menos cinco vezes, sem falar nas situações de grande mortandade sazonais como a peste negra, a gripe espanhola, a tuberculose o ebola.
A diferença do antes para o agora é que todas as vezes isso decorreu por meio de fenômenos naturais e hoje o fim da vida no Planeta pode ser determinada pela influência da ação humana no aquecimento global, na poluição dos rios, mares e oceanos, do solo e do ar sem citar ainda a industrialização de armas biológicas e nucleares que são de destruição em massa.
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