Hemerson Pinto
O caso tem ganhado repercussão e promete ir mais longe pelo esforço da família da vítima, que agora estuda meios de levar o pedido por justiça às instâncias superiores. A morte do jovem Marcelo Pires Silva, 18 anos, assassinado a pedradas na madrugada do último sábado, comoveu principalmente a comunidade da Vila Cafeteira, onde a vítima residia. Uma dose a mais de dor, segundo parentes e amigos, é saber que o suspeito, que chegou a confessar a autoria do crime, está solto após se entregar à polícia.
Marcelo teria sido morto por conta de ciúmes em um cruzamento de ruas no bairro onde morava. O suspeito, Josival Ferreira Lira, 20 anos, afirmou que matou porque o jovem teria assediado a namorada do suposto autor do homicídio. Em menos de 24 horas Josival se entregou, foi preso, ouvido pela Polícia Civil e libertado antes que a vítima fosse enterrada.
O crime foi considerado passional pela delegada Kelly Kioka, que recebeu a ocorrência de entrega de Josival. O suspeito foi colocado em liberdade pelo juiz substituto da 4ª Vara Criminal da Comarca de Imperatriz, Marcelo Testa Baldochi, depois de analisar o pedido de prisão preventiva.
Na tarde de ontem, O PROGRESSO encontrou dona Francisca Pires, mãe de Marcelo. Ela e o pai da vítima, o eletricista Reginaldo Silva, começaram uma verdadeira batalha em busca de um posicionamento da justiça, que seja favorável à prisão imediata de Josival. O primeiro passo foi buscar os veículos de imprensa para manifestar publicamente o apelo.
“O medo é de Josival fugir e não pagar. Ele matou, ele confessou e se entregou. Foi preso e domingo, quando estávamos preparando para sair pro enterro, ele já estava solto. Dizem que a justiça o proibiu de sair da cidade, mas será se ele ainda está aqui? É revoltante. Meu marido e eu estamos arrasados”, desabafa a mãe.
Francisca Pires informou que o casal procurou o Ministério Público e vai levar o caso adiante. “Vamos fazer isso chegar ao Brasil inteiro até encontrar alguém que nos ajude a prender e deixar o Josival preso. Não vou aquietar enquanto não vê-lo atrás das grades”, disse a mulher, que depois da morte de Marcelo, ficou com apenas um filho, de 14 anos.
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