A criançada atualmente tem inúmeras opções onde as diversões extrapolam as páginas dos livros, do teatro, do cinema. A cada dia o mundo tecnológico oferece novidades que lambuzam a imaginação, como bolos cheios de coberturas saborosíssimas, e desta forma ofuscam o “paladar” da fantasia que se faz necessária como o ar que respiramos. Não podemos nos esquecer que os ouvidos de nossas crianças ainda ouvem bichos falaram, os olhos ainda veem navios navegando pelos céus, os narizes sentem o cheiro de fadas e gnomos.
Assim, é fundamental criar trincheiras para que nossas crianças continuem com direito de viajar pelas estradas da imaginação, nesse mundo excessivamente cibernético que estamos oferecendo não existe espaço para a criatividade, tudo já vem pronto e mastigado. A criança aprende apenas através da repetição, erro e acerto, só isso, sem desenvolver sua sensibilidade; portanto, o teatro é uma dessas trincheiras e nós do Teatro da Juventude do Rio de Janeiro procuramos defender com unhas e dentes essa parte que nos cabe.
Atualmente com a montagem de “O Macaco Cozinheiro da Arca de Noé”, damos mais um passo para proporcionar aos nossos pequenos espectadores um sopro de alegria e que possamos ver no faz de conta as verdades que escapam no nosso apressado dia a dia.
O espetáculo é sempre um agente importante crítica e estática do público, nesse trabalho acontecem conflitos que os pequenos identificam plenamente, muitas vezes retratados em suas artes, e são capazes de avaliar através da brincadeira o caminho mais ajustado para seu comportamento. No fundo, é isso que buscamos, um melhor conhecimento de nossos atos e palavras.
Em Imperatriz, nesta terça-feira, às 19h, no auditório do Palácio do Comércio, mais um feliz encontro com o teatro. Essa importante manifestação artística não soa, a criança é tocada, como o adulto também absorve os recados que vêm para divertir e educar, portanto entramos mais uma vez nesse grande laboratório que é a existência humana.
Tendo em cena o ator Marcelo Dusi, dando vida ao simpático Chico Bananada e manipulando seus bonecos.
A direção, ambientação e figurinos são assinados pelo dramaturgo Luiz Arthur, diretor da companhia carioca, única no gênero que mantém excursões regulares a cada ano.
Quer conhecer mais o trabalho? Visite o site do grupo: www.teatrodajuventuderj.blogger.com.br.
Publicado em Cidade na Edição Nº 14472
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