Por Raimundo Primeiro

Além de professor, o intelectual Arnaldo Monteiro foi pessoa de fino trato, atendia a todos com a educação que marca os escribas, sobretudo aqueles dedicados ao zelo da língua pátria. No caso dele, obviamente, a portuguesa. Escrevia, sim, com esmero, cuidando dos mínimos detalhes em relação ao nosso idioma.
Detalhista e elegante no modo de conversar com os jornalistas quando era abordado e até entrevistado. Algumas (e felizes) vezes, o entrevistei, principalmente para o Programa “Repórter nos Bairros”, que era veiculado diariamente pela TV Anajás, Canal 16, afiliada em Imperatriz da Rede Vida de Televisão.
Os bates-papos, os “encontros culturais”, aconteceram em sua residência. Na sala e/ou em quaisquer outros locais da casa, sempre aberta, a disposição. Sua simplicidade e, principalmente, disponibilidade, fluíam tranquila e naturalmente.
Arnaldo Monteiro doou-se para a arte de ensinar, ao ato de instruir gerações. Na sala de sala, se diferenciava ante a atuação que deixam imortalizados, nas mentes de seus alunos, os verdadeiros professores.
Demonstrou paixão em todos os campos que atuara. O coração dele não resistiu. Levou o mestre das letras para outro plano. Lá, continuará desempenhando o que sabia fazer: escrever.
Aprendi muito com o professor, o mestre Arnaldo Monteiro. Aqui, deixou lacunas. Seu legado, entretanto, ficará eternizado. Que o digam seus confrades de Academia Imperatriz de Letras. A AIL saberá zelá-lo, pois o conheceu, convivendo com ele rotineiramente.
Com o professor Arnaldo Monteiro conversava, sempre que o encontrava sobre assuntos inerentes literatura, “bebendo” a água de conhecimento sobre Língua Portuguesa, Literatura e Técnica de Redação, seu ofício diário durante anos.
O professor Arnaldo Monteiro morreu vítima de problemas cardíacos no dia 25 de janeiro de 2018, em São Luís. Ou seja, há um ano, ele se despedia do plano terrestre para o descanso, em paz, eterno.
Os excelentes professores estão nos deixando. Marcas ficaram registradas, já que atuaram condignamente.