Prof. Daniel Noal Moro *

Os zootecnistas são responsáveis pelo estudo, pesquisa e extensão da produção animal, realizam controle da reprodução, do melhoramento genético e da nutrição de animais criados com fins comerciais. Aprimoram a qualidade dos produtos de origem animal. Realizam experiências com alimentação e pesquisam meios para prevenir e combater doenças e parasitas. Labutam como administradores rurais e planejadores de fazendas e atividades relacionadas ao agronegócio, mola propulsora da economia nacional e que pode ser muito importante para o desenvolvimento do Maranhão dado o nosso potencial. A taxa atual de crescimento do agronegócio maranhense é de 20% ao ano de acordo com o governo do estado, taxa superior ao expressivo crescimento da economia chinesa tão citada pelos analistas financeiros mundiais.
Ovos sem colesterol e carne suína light são exemplos do que pode fazer a pesquisa genética em busca de alimentos mais saudáveis. No campo da ciência, quem se preocupa com aspectos da produção animal é a zootecnia, confundida com a Medicina Veterinária. O zootecnista é, na verdade, o profissional voltado para o desenvolvimento da produção animal nas suas mais diferentes interfaces sem realizar procedimentos cirúrgicos como os médicos veterinários que apresentam essa como principal habilidade desenvolvida na graduação.
Na raiz do trabalho do zootecnista está a busca pela eficiência produtiva e modernamente a preocupação com o meio ambiente, atuando de forma incisiva na preservação dos biomas brasileiros e mundiais. Nenhum outro profissional conhece tão bem técnicas de abate e de inseminação artificial quanto o zootecnista. Também é ao zootecnista que se costuma confiar a difícil tarefa de preservar espécies silvestres, selvagens ou nativas.
“Não há políticas governamentais que incentivem a transferência de tecnologia para o setor produtivo”, comenta o professor DSc. Humberto Tonhati, chefe do Departamento de Zootecnia da Faculdade de Ciências Agrárias e Medicina Veterinária da UNESP, em Jaboticabal, São Paulo. “Com isso, os pequenos agricultores são os mais prejudicados”, avalia o professor e pesquisador.

O FUTURO DA PROFISSÃO
Há oportunidades na indústria de formulações e inovações de rações e complementos alimentares, vendendo produtos para atender a demanda do mercado de produção animal, treinando equipes operacionais ou de vendas e descobrindo tendências de mercado que surgem a todo o momento, ou, ainda, em frigoríficos, fazendas e empresas avícolas; outra fonte de oferta de emprego é o mercado de carnes exóticas, que se desenvolveu muito nos últimos anos. Há mercado também em associações de criadores, cooperativas, laboratórios, empresas de consultoria, indústrias de abate, instituições de pesquisa, nutrição e saúde animal, instituições de ensino e zoológicos. Em breve teremos muitos Zootecnistas também trabalhando na área de certificações agropecuárias, visando certificar a qualidade dos produtos de origem animal e já temos alguns trabalhando dentro da esfera ambiental que também deverá ter um expressivo crescimento de atuação da profissão. A Zootecnia se apresenta como uma profissão essencial para as próximas décadas onde a produção de alimentos dividirá áreas com a produção de energia limpa (biocombustíveis).
Parabéns a todos os zootecnistas pelo dia 13 de maio e também aos futuros profissionais dessa ciência!

* Coordenador do curso de Zootecnia da Faculdade de Imperatriz (FACIMP)