Afastado 10 minutos do centro, fica o escritório de nosso entrevistado de hoje. Em pouco tempo em Imperatriz, ele construiu um império. Muitas pessoas não o conhecem, mas provavelmente utilizam seu serviço. Luciano Inácio Gonçalves é o proprietário da empresa Júpiter. Em muitos lares, a internet que você recebe passa por aqui.
Nossa equipe de reportagem chega por volta das 10 horas. O ambiente é hospitaleiro e o trabalho flui em nossa volta. Luciano chega e nos leva para o seu escritório. Para iniciar a conversa, o empresário nos conta como foi o início do projeto empresarial na cidade.
"Foi difícil, as pessoas não sabiam o que era (internet) e não tinham equipamentos necessários. Naquela época, por exemplo, para se comprar uma linha telefônica era muito caro. Pelo preço, era um produto altamente elitizado, o que dificultava a comercialização".
Luciano corria um risco. O caminho para o sucesso passava pela educação sobre internet. O maior adversário, o preço, era um concorrente cruel. Mas, para ele, o fracasso não era uma condição. Para convencer o público, foram montadas estratégias de guerrilha. "A maior parte da popularização aconteceu nos cybers. As pessoas que não tinham internet procuravam esses ambientes para o acesso".
O setor empresarial também foi conquistado aos poucos. Luciano, pessoalmente, visitava as empresas, sempre ressaltando o salto de qualidade proporcionado pelo uso das redes de conexão. "As pessoas puderam conhecer a internet, que só era notícia no rádio ou na televisão".
A rede muda e novas tecnologias de conexão cada vez apresentam especificidades no setor. Mas isso não assusta. A empresa Júpiter está preparada para acompanhar o mercado com um padrão de qualidade, oferecendo para toda região tocantina servidores cada vez mais eficientes e dinâmicos. O plano nacional de banda larga (PNBL), projeto do governo que democratiza o acesso a internet para a maioria dos lares, também é usual na empresa.
Todo o esforço para manter o cliente "online". Outras empresas que iniciaram sua trajetória paralela a Júpiter não resistiram no mercado. O patamar estabelecido entre o preço e a qualidade de serviço pode ser observado durando os anos. Em 1997 o plano de acesso limitado custava 87 reais. Hoje, pelo valor de 69.90 o cliente dispõe da velocidade de dois mega, considerada ideal para um usuário doméstico.
"O segmento de dados está polarizando. Hoje em dia tudo está na internet, TV, rádio, entre outros. Estamos no começo de uma revolução digital. A evolução disso é que na sua casa vai ter um cabo e ele vai distribuir telefone, internet e tudo mais", afirma o empresário.
Imperatriz - Luciano não é de Imperatriz. Nasceu na Bahia. Mas o apego pela cidade é algo notável. Aqui constituiu família e criou vínculos. Imperatriz também o adotou como empresário.
"Você chega a um barzinho sozinho no começo da noite, e no final da noite sempre está em uma mesa rodeado de pessoas. Imperatriz é uma cidade acolhedora, muito diferente de São Paulo, onde me graduei. Lá as pessoas são mais gélidas".
Segundo o empresário, a região de Imperatriz tem muito para crescer. A cidade está desenvolvendo uma cultura própria, um ambiente empresarial solidificado, bastante próspero para diversos mercados.
Júpiter - Todas as pessoas que conhecemos na produção dessa reportagem nos receberam com atenção e educação. Provavelmente resultado da postura adotada pelo empresário e diretoria. Nos últimos anos as fronteiras de Imperatriz foram ultrapassadas. Diversos municípios que compõem a região também recebem Internet dos provedores da Júpiter.
O que começou pequeno, talvez, com dois funcionários, hoje é um império.
A coluna Gente que faz o progresso se orgulha desse empresário e destaca sua importância para Imperatriz. Obrigado! (Fernando de Aquino)
Publicado em Cidade na Edição Nº 14842
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