Marcone Marques, presidente da Associação dos Lojistas do Calçadão

Raimundo Primeiro

Em entrevista exclusiva ao Programa “Repórter nos Bairros”, veiculado diariamente pela TV Anajás, Canal 16 (Rede Vida), o empresário Marcone Marques, recém-empossado presidente da Associação dos Lojistas do Calçadão, falou sobre diversos e importantes assuntos inerentes ao desenvolvimento do centro comercial de Imperatriz, inclusive da desobstrução do Calçadão pelo Corpo de Bombeiros (CB).
O primeiro Calçadão tem 100 metros de extensão e o segundo 200 metros. A propósito Marcone informou que 51 lojas estão associadas à entidade. A Prefeitura Municipal não tem nenhuma despesa com o logradouro. “Nós temos um documento que nos passa essa responsabilidade”, afirma, acrescentando ser o Calçadão um shopping a céu aberto “e a região com o metro quadrado mais caro da cidade”
Marcone aproveitou para garantir que não há possibilidade de o Calçadão ser destruído, descartando comentários ocorridos em Imperatriz, mas o projeto de que o logradouro seja ampliado e efetivamente transformado no maior centro de compras da região tocantina. “Impossível, fora de cogitação, pois o setor já é um patrimônio da cidade”.
Sobre o estacionamento de bicicletas no Calçadão, Marcone diz tratar-se de assunto de responsabilidade do secretário de Trânsito e Transportes do Município (Setran), José de Ribamar.“Ninguém faz uma mudança da noite para o dia, há de existir um planejamento. O Calçadão é um espaço para a pessoa circular a pé, com a família, os amigos, os filhos. Não é um local adequado para colocar bicicletas e nem barracas, portanto, cabe ao poder público encontrar um espaço para poder deslocar as bicicletas e motocicletas do Calçadão. Tem de ser um local adequado, mas temos de fazer um estudo. E não simplesmente, jogar na porta de ‘a’, ‘b’ ou ‘c’. Não cabe a nossa associação fazer tal trabalho. Estamos falando de uma ação que deve contar com o envolvimento de todos”.

Quais são seus projetos iniciais?
Marcone – São projetos que qualquer cidadão que deseja o bem da sua cidade, deseja realizar.

Por quais motivos você decidiu disputar a eleição da Associação dos Lojistas do Calçadão?
Marcone – Por amar a cidade, Imperatriz adotou-me como filho e aqui casei, constitui família. Aqui permaneço, gerando empregos e renda. Portanto, uma iniciativa justa doar-me para a cidade, envolvendo-me no seu cotidiano. O projeto não é meu, já que o Calçadão não é do Marcone, é um matrimônio de Imperatriz, eu sou apenas uma peça no meio deste oceano, posso dizer assim.
O Calçadão é de todos que moram nesta grande cidade, chamada Imperatriz. Vale lembrar que, para as coisas acontecerem, temos de contar com o apoio das diversas esferas de governos. Todas as pessoas que aqui chegam, desejam conhecer o centro comercial, pedem para conhecer o maior centro de compras da região tocantina.

Hoje, quem chegar a qualquer setor da cidade, descobre que o grande desejo é de querer se dirigir até ao Calçadão, conhecê-lo, saber da sua estrutura. E o centro comercial? Onde fica localizado?
Fica aqui, no Calçadão. Lembro-me de quando era criança: chorava, pedindo para minha trazer-me ao Calçadão. Meu desejo era passear. Hoje, o Calçadão já é patrimônio da cidade, nós não podemos destruí-lo.

Você assume o cargo em meio às discussões referentes retirada de assentos e canteiros do Calçadão, sugerida pelo Corpo de Bombeiros. O que você tem a dizer sobre o assunto?
Marcone – Toda conversa tem dois lados. O Corpo de Bombeiros e a Defesa Civil tentam encontrar meios de prevenção de tragédias, como as que podem ocorrer no caso de um eventual incêndio no local. O Calçadão foi construído há vários anos, sem planejamento, através do fechamento de duas quadras (ruas). Portanto, cabe, agora, aos órgãos competentes olhar de uma forma diferente para o local.
É impossível, caso aconteça um incêndio no Calçadão, a gente pedir para o Corpo de Bombeiros ir até ao local e trabalhar no controle do fogo, conter as chamas. Os carros não conseguem entrar. Tem que ter um bom senso entre as duas partes – o poder público, que faça um trabalho que seja viável para todos. A situação hoje é a seguinte: caso aconteça incêndio em alguma loja, há risco eminente de o Calçadão ser atingido por inteiro.
A ação é apenas para prevenir. Estamos tentando encontrar uma saída e, com certeza, para os comerciantes, que terão mais segurança, e dormirão tranquilos, na certeza, de que, durante o período em que suas lojas estiverem fechadas, não estarão correndo riscos de serem tomadas pelas chamas de eventuais incêndios. Por isso, que estamos conscientemente debatendo o assunto e, com certeza, chegaremos a um denominador comum, a uma decisão que conseguirá agradar a todos. O objetivo principal é este, não tenha dúvida. O consenso é a nossa grande meta.

A padronização realmente vai melhorar o visual do Calçadão?
Marcone – Com certeza, quando a gente assume qualquer empresa e/ou função, temos de dar uma cara nova. E para que isso possa acontecer, temos de fazer alguma coisa, é isso que estamos tentando realizar agora. O primeiro passo é tentar colocar um hidrante dentro da área do Calçadão, pois, se ocorrer algum incêndio, fica impossível para o carro do Corpo de Bombeiros entrar e começar o trabalho de combate as chamas. São vários fatores, por isso, que está todo mundo preocupado. A Câmara de Dirigentes Lojistas, a Associação Comercial e Industrial, os empresários, que integram todo este centro comercial, além do poder público.
O gestor público da nossa cidade também está preocupado, então, a gente tem de chegar a uma decisão, ou seja, achar uma solução que seja possível, por meio dela, promover a revitalização do Calçadão, fazendo com que o mesmo fique ainda mais bonito e facilitando o passeio das pessoas que por lá circulam todos os dias. Outra meta é fazer com que o local seja atrativo para a visitação na parte da noite, diminuindo o clima de insegurança presente hoje e fazendo com que o setor retome a visitação popular maciça de antes.
Com a segurança presente, diminuem os riscos de assaltos existentes atualmente em razão de diversas coisas, entre elas a iluminação insuficiente e a pequena movimentação. Nós já estamos estudando um meio para que o Calçadão seja monitorado pela Polícia Militar. E como vamos fazer isso: juntando os empresários da região e adquirindo câmeras, com a polícia fiscalizando e evitando as ações de vândalos e marginais. Trata-se de um dos projetos que realmente pretendo realizar com o apoio dos empresários do Calçadão.

E sobre a decoração natalina? Ela pode acontecer agora em 2013 no Calçadão.
Marcone – Agora sim, este é um compromisso que eu estou assumindo. Nós não podemos deixar o Calçadão do jeito que ele se encontra, passando o período natalino às escuras. Para isso, já estamos em negociação, já estamos trabalhando com o objetivo de, quando novembro chegar, garantir a decoração alusiva ao Natal. Para que a ação aconteça, estamos assumindo tal compromisso.  Talvez, não será o mais enfeitado, mas dentro das nossas possibilidades, com certeza, tentaremos fazer de uma forma diferente.
 A ideia é fazer com que as pessoas saiam de suas casas e vão passear no Calçadão. Eu digo isso por lembrar que, quando criança, ia olhar as luzes coloridas, lindas, então, é um clima de amor, de paixão, é Natal. Para que isso possa acontecer, já estamos trabalhando. Eu garanto, dou a minha palavra, que vai ser possível a pessoa parar no Calçadão durante o período natalino e tirar uma foto de lembrança. Isso que é a cara do local: um setor de passeio das famílias, de e tirar fotos, deixar algo registrado.

Em relação à parceria com a CDL para a realização da Campanha de Natal? É realidade?
Marcone – Já está transformando-se numa grande realidade, a CDL é uma grande parceira, a exemplo da Associação Comercial e Industrial.  Com certeza, vamos trabalhar juntos, em parceria. E aguarde, pois teremos muito mais promoções. Para que isso possa acontecer, precisamos dos organismos competentes, no caso, a CDL e a ACII, que dão nome e fortalecem a nossa cidade.