Imperatriz supera os números divulgados pela Organização Mundial de Saúde (OMS), que é de 70% dos acidentes com envolvimento de motociclista. Conforme os números apresentados pelas autoridades do trânsito em Imperatriz, 85% dos acidentes tiveram envolvimentos com moto e 11 perderam a vida.
Recentemente, uma pesquisa realizada pela Organização Mundial de Saúde (OMS) revelou que 70% dos motociclistas envolvidos em acidentes não tinham habilitação, o que segundo Conceição Madeira precisa ser fiscalizado por parte das autoridades competentes.
A Organização Mundial da Saúde (OMS) está convencida de que os motociclistas são os principais responsáveis pelos acidentes. “Consideramos que 70% das causas [de acidente] são devidos a fatores humanos. E, agora, temos o problema das motocicletas: com o aumento da frota de motocicletas, cresceu muito o número de acidentes devido à má condução do veículo”, disse Mercedes Maldonado, representante da OMS no Brasil.
Mercedes Maldonado apresentou números para mostrar que as principais causas de acidente de trânsito no Brasil são excesso de velocidade (26%), infraestrutura rodoviária (20%) e motocicletas (16%).
Segundo o presidente da Associação Nacional de Transportes Públicos (ANTP), Ailton Brasiliense, as maiores vítimas de acidentes de trânsito no Brasil ainda são os pedestres, mas os motociclistas já ocupam a segunda posição. “Metade das pessoas que morrem anualmente é pedestre. Em segundo lugar, e crescendo enormemente, estão os motociclistas. Há também uma questão que envolve o excesso de velocidade com ou sem álcool e a da má habilitação”, disse.
Já o presidente da Associação Brasileira de Medicina de Tráfego (Abramet), Mauro Ribeiro, alerta: “Temos lugares no país onde 50% dos óbitos são de motociclistas”.
Em Imperatriz, a Secretaria Municipal de Saúde saiu na frente nas discussões sobre a violência no trânsito. Em agosto, a secretária Conceição Madeira determinou que essas discussões fossem acompanhadas pela Vigilância em Saúde do Município.
De acordo com Conceição Madeira, a partir de agora, as secretarias de saúde de todo o Brasil terão que acompanhar os números da violência no trânsito por meio de um boletim diário das unidades de saúde. Em Imperatriz, esses dados serão acompanhados pela Vigilância em Saúde e pelo CEREST – Centro de Referência em Saúde do Trabalhador.
A coordenadora da Vigilância em Saúde, Widerlannya Aguiar, disse que Imperatriz é hoje uma das melhores cidades para se viver e trabalhar no país. “Isso fez com que o número de veículos circulando pelas ruas da cidade aumentassem três vezes mais que o esperado nos últimos 10 anos. Diante dessa situação, aumentou também o número de acidentes fatais”.
Publicado em Cidade na Edição Nº 14208
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