Os números do Serviço de Proteção ao Crédito (SPC) da Câmara de Dirigentes Lojistas (CDL) de Imperatriz mostram o quanto o comércio, em suas diversas áreas, vem sofrendo com a crise econômica que o País continua atravessando.
De acordo com as informações, porém, o comércio de Imperatriz vem andando na contramão da crise em relação às demais regiões brasileiras por ser centro regional de compras. E efetivamente forte, atraindo compradores de vários municípios, num raio de até 300 quilômetros de distância.
Em 2016, 112.571 consumidores entraram para a lista de inadimplentes do SPC da CDL Imperatriz. Por outro lado, 93.454 pessoas conseguiram “limpar” seus nomes e estão aptas às compras.
Os números em relação aos outros centros brasileiros são pequenos. Os lojistas reafirmaram, ontem (6), que o período natalino conseguiu superar as expectativas em termos de elevação das vendas no comércio imperatrizense.
Em relação a 2015, o índice foi inferior, quando os números em relação aos inadimplentes no comércio da cidade chegaram a 128.825. No ano passado, 96.586 pessoas saíram da lista de inadimplentes do SPC da CDL Imperatriz.

Inadimplência estabiliza em novembro com 58,5 milhões de brasileiros negativados, mostram SPC Brasil e CNDL
O número de consumidores com contas atrasadas e registrados nos cadastros de inadimplentes estabilizou em novembro, crescendo 0,69% na comparação com o mesmo mês de 2015, segundo dados do indicador do Serviço de Proteção ao Crédito (SPC Brasil) e da Confederação Nacional de Dirigentes Lojistas (CNDL). Apesar do cenário de estabilidade da inadimplência, no acumulado dos últimos 12 meses, a estimativa aponta que 1 milhão de brasileiros passaram a fazer parte das listas de restrição ao crédito – em novembro de 2015, o total de inadimplentes era de 57,5 milhões. Atualmente, são 58,5 milhões de consumidores com o CPFa negativado, enfrentando dificuldades para realizar compras a prazo, fazer empréstimos, financiamentos ou contrair crédito. Isso significa que 39% da população brasileira adulta estão registrados em listas de inadimplentes.
Para o presidente da CNDL, Honório Pinheiro, o Brasil enfrenta dois movimentos distintos, que impactam o comportamento da inadimplência em direções opostas. “Se por um lado a recessão dificulta a capacidade de pagamento dos consumidores, em virtude do desemprego e da inflação alta, por outro, a maior restrição ao crédito com juros ainda elevados e critérios de concessão mais seletivos, acaba impondo limites ao endividamento por parte dos brasileiros”, explica. “A menor variação da inadimplência vem acontecendo porque o consumidor, no geral, está se endividando menos, seja pela queda na confiança em cumprir com os compromissos financeiros no futuro, seja pela maior restrição ao crédito. Infelizmente, o cenário não está ligado, portanto, a uma melhoria da capacidade de pagamento das contas”, avalia Pinheiro.

Sudeste concentra maior número absoluto de inadimplentes
De acordo com o indicador, a região Sudeste concentra o maior número absoluto de consumidores negativados no país: 24,2 milhões de brasileiros, o que representa 37,37% da população adulta da região. A segunda região com maior número absoluto de devedores é o Nordeste, que conta com 15,8 milhões de negativados, ou 38,82% da população. Em seguida, aparecem o Sul, com 8,1 milhões de inadimplentes (36,41% da população adulta), o Norte, com 5,4 milhões de devedores (46,42% do total da população residente) e o Centro-Oeste, que por sua vez, aparece com um total de 5,0 milhões de inadimplentes, ou 44,12% da população.
Quando analisado por faixa etária, é entre os 30 e 39 anos que se observa a maior frequência de negativados. Em novembro, quase metade da população nesta faixa etária (49,59%) tinha o nome inscrito em alguma lista de devedores, perfazendo um total de 16,9 milhões, em número absoluto. Entre os jovens com idade entre 25 e 29 anos, 47,12% está negativada, assim como os consumidores com idade entre 40 e 49 anos (46,32% inadimplente). Na população idosa, considerando-se a faixa etária entre 65 a 84 anos, a proporção é de 29,44%, o que representa, em termos absolutos, 4,6 milhões de pessoas.

Dívidas diminuem 3,54% em novembro
O indicador do SPC Brasil e da CNDL também analisa o volume de dívidas em nome de pessoas físicas. Neste caso, a variação negativa foi de -3,54% na comparação anual – novembro deste ano frente ao mesmo mês do ano passado.
O setor de comunicação, que engloba atrasos em contas de telefonia, internet e TV por assinatura, foi o que mostrou a maior queda de dívidas em novembro. Na comparação anual, as pendências de pessoas físicas com o setor caíram -14,90%. “A queda significativa das dívidas com telefone e TV por assinatura, por exemplo, é reflexo de uma mudança de comportamento do consumidor, que está mais cauteloso na hora de contratar serviços que não são essenciais”, explica o presidente do SPC Brasil, Roque Pellizzaro.
As dívidas bancárias, que contemplam atrasos no cartão de crédito, financiamentos, empréstimos e seguros, caíram -2,35%. Já os atrasos no comércio apresentaram uma retração de -2,63%. O único setor que apresentou alta foi o de serviços básicos, como água e luz, cujo crescimento foi de 3,81% em novembro deste ano frente a novembro de 2015.
Já em termos de participação, considerando-se mais uma vez o total do Brasil, os bancos concentram a maior parte das dívidas existem no país: 48,24%. Em seguida, aparece o Comércio, com 20,31% desse total, e o setor de Comunicação (13,35%). Por fim, o setor de Água e Luz concentra 7,96% do total de pendências.