Geovana Carvalho
De acordo com o presidente do Sindicato dos Taxistas de Imperatriz, João Assunção Martins (Joca), existem hoje na cidade 640 condutores de táxi. Ele afirma ainda que a frota desse transporte seria 50% superior à necessidade da população. “Por, pelo menos, dez anos não temos condição de liberar ‘táxi’ em Imperatriz”, conclui Joca.
O presidente do Sindicato dos Taxistas chama a atenção para o fato de alguns profissionais alugarem seus veículos a terceiros, o que, segundo ele, tem causado transtorno aos usuários do serviço. “Estamos com problemas sérios com relação a aluguel de carro, tem dono de carro que aluga a cinquenta reais de manhã para uma pessoa, à tarde para outro e à noite para outro. Que responsabilidade tem uma pessoa dessa?”, questiona. Joca diz que chegam denúncias ao sindicato sobre o comportamento de alguns motoristas, bem como seus trajes, e atribui os maus exemplos aos condutores substitutos. “Tem condutores substitutos que vão trabalhar de chinelo, de bermuda, de camisa regata, com o som muito alto, e o usuário denuncia aqui. Entre os condutores substitutos, são poucos os que têm responsabilidade”, afirma.
O presidente do Sindicato diz que o problema já foi levado ao conhecimento da Secretaria de Trânsito (Setran). Ele pede aos usuários do serviço que não embarquem em táxis com essas características e ainda que denunciem os profissionais com esse tipo de conduta ao Sindicato dos Taxistas pelo número de telefone 3524-4904.
O secretário de Trânsito de Imperatriz, Cabo Jota Ribamar, discorda das afirmações do presidente do sindicato. Jota Ribamar afirma que existem em Imperatriz 634 taxistas e esclarece que há dez anos não são abertas concessões a taxistas (nem a mototaxistas). Jota Ribamar contesta a afirmação de Joca de que haveria excesso de táxis na cidade e que não haveria condições de se conceder qualquer alvará. “Há uma década podia-se avaliar dessa forma, mas hoje temos a quantidade devida”, diz Jota Ribamar.
Quanto às denúncias de táxis alugados a terceiros, Cabo Jota Ribamar informa que a Setran tem combatido essa prática por meio de fiscalização nas ruas e que o número de veículos alugados foi bastante reduzido. “Não digo que não aconteça, mas é raro. Fiscalizamos no sentindo de que sejam oferecidos bons serviços e que o veículo não tenha mais de dez anos de uso”. O secretário disse ainda que há a previsão de regulamentação do serviço de táxi local, por meio de lei municipal, na qual todos os condutores substitutos deverão ter alvará para poderem trabalhar.
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