Refinaria de biocombustível em pleno funcionamento

Diretores da CoopEthanol (em processo de instalação), Helberth de Oliveira, Caroline Abreu, Maria Barbosa e David Bailey, juntamente com o senador Fernando Bezerra Coelho (PSB-PE), comemoraram a celebração de acordo sobre produção de biocombustível entre a Empresa Brasileira de Pesquisa Agropecuária (Embrapa) e a empresa australiana Ausagave.
A empresa australiana é pesquisadora e produtora da variedade azul tequilano, espécie do gênero agave, representada no Brasil pela Cooperativa que terá abrangência nacional. “A partir dessa variedade pode se extrair álcool e biodiesel a um custo mais baixo”, disse a diretora Caroline Abreu, lembrando que a cana-de-açúcar, que também produz álcool, requer uso intenso de irrigação e o agave, não.
A diretora Maria Barbosa reitera ainda que o objetivo do acordo é o de fazer pesquisas para verificar a adaptação no Brasil do agave, na variedade azul tequilano, utilizado para fabricação de tequila, e que foi introduzida na Austrália a partir de importação de material genético do México.
“Na Austrália, essa variedade foi bem adaptada em pesquisas voltadas para produção de etanol e fibra em regiões com condições de solo e clima semelhantes às do semiárido nordestino”, assevera Fernando Bezerra.
O senador lembra que conheceu essa variedade em 2011, quando foi ministro da Integração Nacional e esteve na Austrália. De volta ao Brasil, ele incentivou a Embrapa a pesquisar o agave azul tequilano no país. “Darei todo apoio para a realização das pesquisas que visam trazer alternativas inovadoras de produção e renda à população do semiárido brasileiro, permitindo um grande salto na pesquisa”, afirmou.
Segundo Helberth de Oliveira, a CoopEthanol é parceira e representante do Brasil da empresa Ausagave da Austrália, país que já utiliza a planta como matéria-prima do etanol. A planta poderia ser uma alternativa viável para a produção de etanol na região Nordeste.
Dados coletados pelos técnicos da comitiva do Ministério da Integração Nacional indicam que a planta, quando cultivada para a produção do biocombustível, apresenta produtividade por hectare superior à da cana-de-açúcar. “Outra vantagem é que o agave possui aptidão para regiões de clima semiárido”, afirma Oliveira.
O diretor David Bailey esclarece que já recebeu uma cópia do MoU (Memorandum de Entendimento) assinado pelos governos dos Estados Unidos da América e do Brasil no sentido de formatar uma parceria para o desenvolvimento do projeto no Maranhão (região de Imperatriz) e nos demais estados que formam a região nordeste do Brasil focado para a produção do mais novo biocombustível avançado para aviação comercial.
Projeto a ser implantado em parceria com a Byogy Combustível avançado para a Aviação Comercial e Militar dos USA. A diretora Caroline Abreu conclui que a matéria sobre o assunto foi oficialmente publicada no Diário Oficial da União datada de 24 de abril de 2013.