Hemerson Pinto

Na edição da última quinta-feira, O PROGRESSO publicou matéria abordando a questão da insegurança vivida por funcionários das agências dos Correios em Imperatriz, que em seus locais e horários de trabalho tornam-se alvos fáceis para assaltantes. Bastou o leitor tomar conhecimento do assunto, novo assalto aconteceu na agência da Avenida Bernardo Sayão. Este, na tarde de ontem. (Veja informações na página policial).
O assalto aconteceu horas depois de a comissão formada por representantes do Sindicato dos Trabalhadores em Empresas de Correios e Telégrafos do Maranhão (Sintects-MA) deixar Imperatriz. Durante a visita, os representantes ouviram trabalhadores dos Correios nas unidades de Imperatriz e em cidades vizinhas, como em João Lisboa e Governador Edison Lobão. No último município visitado, a unidade está fechada há meses depois de ser alvo de dois assaltos.
Segundo o secretário para assuntos intersindicais do Sintects-MA, Mariano Dias, os crimes contra trabalhadores dos Correios acontecem com frequência, mas a maioria não era divulgada, principalmente os assaltos a motoristas entregadores de encomendas. Dois casos foram registrados em Imperatriz entre o final de junho e o início do mês de julho.
Depois do assalto que aconteceu na tarde de ontem na unidade da Avenida Bernado Sayão, Mariano Dias fez novo contato com nossa reportagem e afirmou que a campanha pelo fim da violência contra os trabalhadores dos Correios está apenas na fase inicial, e que durante visitas a trabalhadores que já foram vítimas dos bandidos, a comissão colheu depoimentos e boletins de ocorrência.
Os documentos deverão servir como base para a cobrança que deverá ser feita pelo sindicato da categoria junto à empresa Correios, solicitando ações que garantam a segurança dos trabalhadores. “Pelo caso que aconteceu na agência da Bernardo Sayão, pode-se tirar o que estão passando os trabalhadores. É a prova do perigo, pois um dia antes estávamos falando sobre esses riscos”, diz Mariano Dias.