Dr. Gumecindo reforça a importância do diagnóstico precoce do câncer de próstata

Um mês para incentivar a prevenção e promoção da saúde masculina. Este é o intuito do Novembro Azul, período destinado para o combate ao câncer de próstata, doença mais incidente em homens no Maranhão. Na manhã dessa terça-feira (4), médicos, enfermeiros, técnicos e agentes de saúde participaram da abertura oficial da campanha no auditório da Secretaria Municipal de Saúde (Semus) em Imperatriz.
De acordo com o cirurgião oncológico Gumercindo Filho, esta iniciativa é um momento de reflexão em favor da saúde e também contra o preconceito. “Na prática diária da medicina, é mais difícil o homem procurar o médico. Precisamos mudar essa realidade”, declara.
Pensando no bem-estar e em uma melhor qualidade de vida, o homem precisa driblar o machismo e dar prioridade à saúde, fazendo visitas anuais ao urologista. A partir dos 40 anos, além das consultas médicas, é obrigatório o exame de toque retal, uma das principais maneiras de diagnosticar e detectar o câncer.
Como fatores de risco do câncer de próstata, estão: idade avançada, histórico familiar, sedentarismo, hábitos alimentares, obesidade, entre outros. Em estágio avançado, a doença provoca dificuldade em urinar, sensação de não esvaziamento da bexiga e a presença de sangue na urina. “Apesar disto, se descoberto precocemente, o câncer tem 90% de chances de cura”, afirma Gumercindo.
Orientação – A escolha deste mês é justificada pelo fato de em 17 de novembro se comemorar o Dia Mundial de Combate ao Câncer de Próstata. A recomendação da Sociedade Brasileira de Urologia (SBU) é que homens a partir de 50 anos procurem o urologista. Aqueles com maior risco da doença (história familiar, raça negra) devem procurar o especialista a partir dos 45 anos.
Dados - A estimativa do Instituto Nacional do Câncer (Inca) para o câncer de próstata, em 2014, é de 68.800 novos casos, ou seja, a descoberta de um caso a cada 7,6 minutos. No Brasil, o câncer de próstata é o segundo mais comum entre os homens (atrás apenas do câncer de pele não-melanoma). Em valores absolutos é o sexto tipo mais comum no mundo e o mais prevalente em homens, representando cerca de 10% do total de cânceres.