Hemerson Pinto
A diferença foi pequena, mas o suficiente para ser percebida por quem visitou as margens do rio Tocantins na manhã do último sábado. “Foi só um pouquinho, mas deu pra notar que a água voltou centímetros aqui na Luís Domingues”, comentou o comerciante João Batista.
Durante a semana, a preocupação dos moradores e da Defesa Civil foi com a aproximação rápida do rio na direção das residências da zona ribeirinha, composta pelos bairros Caema, Leandra, Beira-Rio, Curtume, além da região do Porto da Balsa.
Em três dias o rio ganhou volume de água o suficiente para invadir ruas do Porto da Balsa e chegar próximo à calçada da igreja evangélica no cruzamento da Rua Luís Domingues com Niterói. Ali estacionou até a manhã de sábado, quando apresentou recuou de aproximadamente 30 centímetros.
“Acho que agora vai começar a baixar mesmo de verdade. Sempre é assim. Ele sobe, sobe, e quando começa a baixar vai só reduzindo o volume até voltar ao normal”, explica o morador do bairro Beira Rio, José Alves.
Mas para quem olha o volume de água que entrou no bairro Beira-Rio, onde fica localizado o Porto da Balsa, o cenário ainda parece ser o mesmo do dia anterior. “Se teve algum recuo, foi muito pequeno mesmo, pois aqui de cima não dá para perceber. Olhando aqui da Avenida Beira-Rio para essa rua que sai na Luís Domingues (Rua Nova), o que a gente vê é que muita água ainda tem para sair e se voltar a subir, pode até encobrir algumas casas”, comenta a dona de casa Eliane Pereira enquanto visita o local com a família.
A enchente do rio Tocantins virou atração, como falamos aqui em edições anteriores, destacando a presença de pessoas que saem de casa com o objetivo de ir até a Beira-Rio, o Cais e Porto da Balsa até mesmo para registrar em fotos os transtornos provocados pela cheia.
Segundo a Defesa Civil, a vazão da hidrelétrica de Estreito na manhã de ontem foi de 11.794,88 m³ de água por segundo. Nas próximas 72 horas a vazão pode voltar a aumentar, chegando a até 13.000 m³.
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