Por Raimundo Primeiro
A Praça de Fátima teve uma noite diferente, contagiante e, notadamente, dançante, nessa quarta-feira (6), com os maiores sucessos dos ritmos dançantes na voz de Negrine.
O cantor esteve se apresentando no palco da estrutura da Campanha “Natal Premiado CDL”, montado no centro do logradouro, logo mais, às 20h, animando o público.
Natural de Santa Luzia do Tide (MA), Negrine reside em Imperatriz desde 2001, tendo passado por importantes bandas do cenário musical da cidade, entre as quais a “Fruta Mel”, de propriedade da Rádio Terra FM.
Em 2006, Negrine decidiu morar em Belém (PA), buscando fazer com que seu trabalho ficasse conhecido além da região. Lá, fez importantes parcerias. Três anos depois, em 2008, retornou a Imperatriz, quando decidiu montar a sua própria banda, consolidando-se como um dos principais cantores da axé music nas barrancas do rio Tocantins.
Aos 37 anos, mas já com uma larga experiência musical (começou a cantar em 1997), ainda em sua terra natal, Negrine tem gravado três CDs, sendo dois de axé e um de forró sertanejo.
Para 2018, Negrine revela ter grandes planos. “Os projetos continuam, a gente não fica parado, a ideia é satisfazer o público”, diz, acrescentando que “será um ano de muito trabalho, mas de novidades, sempre com a qualidade que vem marcando a nossa trajetória no cenário musical”.
Durante a conversa, Negrine adiantou uma novidade: em 10 de janeiro, entra em estúdio para iniciar a gravação de um novo CD, cujo lançamento deverá ocorrer ainda no próximo ano.
Negrine “passeia” pelos diversos gêneros da música. Consegue excelente performance no rock, na MPB e, claro, no axé e forró, seus principais gêneros musicais. Um artista, portanto, de mil faces.
Camaleonicamente, consegue, com extraordinário desempenho, percorrer por todos os cantos da MPB. O pensar e o agir do artista mostram ter ele muito a render e a contribuir com o processo de fortalecimento da Música Regional Maranhense (MRM), hoje, suscetibilizada ante o surgimento de novas expressões no âmbito da música.
Tais figuras contribuíram – e muito – com o trabalho de inovação da nossa boa música. O Maranhão, sobretudo as regiões distantes da capital, São Luís, já perceberam a necessidade de haver mudança.
O autor é jornalista e pesquisador cultural
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