Em entrevista à Rádio Universidade nesta terça-feira (18), o candidato a reitor da UFMA, Natalino Salgado, afirmou que entende que o momento é desafiador diante do cenário político adverso, exigindo do gestor experiência e plano estratégico para enfrentá-lo.
"Só aceitei ser candidato porque o Movimento Pacto pela UFMA me escolheu, pela experiência e poder de agregação, além de boas relações institucionais no Estado e país para buscar recursos", disse o ex-reitor que comandou a universidade entre 2007 e 2015.
Salgado realçou a importância do apoio da classe política na conquista de mais recursos para a instituição. E avaliou que o sistema presidencialista permite que o Congresso Nacional tenha relevância nos destinos do país e atinentes à instituição de ensino superior.
"A bancada maranhense sempre foi sensível aos pleitos de nossa universidade e tenho certeza que assim continuará. Como reitor pude contar com os investimentos do Reuni, que correspondia a 40% do orçamento anual da universidade. Fomos buscar e conseguimos recursos nos ministérios da Cultura, da Educação, do Esporte. Isso nos levou à melhoria das competências acadêmicas, a extensão, enfim, os pilares da universidade", lembrou.
O candidato frisou ainda a participação da Associação dos Dirigentes de Instituições Federais de Ensino Superior, Andifes, como espaço democrático, onde são colocadas as propostas de promover interlocução com o governo federal. "Temos que lutar para que seja preservada pelo menos a autonomia que nós conquistamos há pouco tempo", observou.
Sem filiação partidária em sua carreira de mais de 40 anos, Natalino Salgado assinala sua dedicação à instituição. "Nunca me envolvi partidariamente, nem ocupei cargos que não fossem na área acadêmica. Esse é o meu partido. Quando você tem um viés político, fica difícil manter relações institucionais. Não faço política, faço ação para o bem público, seja na Educação ou na saúde. Não tenho rótulo de direita, nem de esquerda", destacou.
Legado
Sobre seu legado, o candidato a reitor sublinhou a descentralização da UFMA e sua expansão para o continente, estruturando oito campi no território maranhense, como a conquista de maior envergadura. "Levamos educação para quem precisa neste estado. Essa foi uma contribuição inestimável para o desenvolvimento do Maranhão. O programa de extensão hoje é um celeiro de competência, de professores que têm projetos, conseguem aprovar e produzem. Isso a universidade nem toma conhecimento", apontou.
O candidato comentou ainda sobre as obras inacabadas que tentam atribuir-lhe responsabilidades, tornando-o alvo de acusações infundadas. Nas duas gestões Natalino Salgado foram construídas mais de cem obras no campus da UFMA. Neste período foram realizadas 426 licitações. Doze dessas foram destinadas às construções de bibliotecas. Ao encerrar o segundo quadriênio como reitor, perto de seis obras precisavam serem concluídas. Como proposta da gestão, Natalino adotou demandas recolhidas pelo coletivo Pacto pela UFMA nos nove campi da UFMA. Entre as prioridades está a conclusão das obras paralisadas na atual gestão.
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