Professor José Geraldo da Costa
Coreto da Praça da Cultura

Carlos Gaby/Assimp

O professor, pesquisador, ativista cultural, ambientalista e membro da Academia Imperatrizense de Letras (AIL), José Geraldo da Costa, usou a Tribuna Popular da Câmara Municipal, na sessão dessa quarta-feira (30), para defender a preservação do patrimônio material e imaterial do município.
O imortal da AIL tomou como exemplo a notícia de que a revitalização da Praça da Cultura, em frente à sede da Academia, contemplaria a demolição do coreto. “É obrigação do município manter, preservar e conservar seu patrimônio histórico. O coreto abrigou eventos, como feira de artes, de livros, apresentações da banda municipal. O argumento de que a demolição seria uma forma de retirar da praça moradores de rua não convence”, justificou.
José Geraldo da Costa, que também é membro do Conselho Municipal das Cidades, lamentou que vários prédios históricos, sejam públicos ou privados, foram demolidos sem nenhum respeito à memória histórica da cidade.
Aproveitou para protestar contra uma série “de absurdos” no processo de execução de políticas culturais no âmbito do sistema municipal de cultura, notadamente na escolha dos membros do Conselho Municipal de Cultura.
O presidente da Câmara, José Carlos Soares, ao final da fala do professor, apresentou indicação assinada por todos os vereadores encaminhando solicitação ao prefeito Assis Ramos para que mantenha o coreto na obra de revitalização da Praça da Cultura.

Trabalhadores
Com aprovação do Plenário, a Mesa Diretora abriu espaço também na Tribuna Popular aos trabalhadores da construção civil do município.
Mais uma vez, eles protestam contra a discriminação de empresas na contratação de mão de obra local.
Representando um grupo dos trabalhadores, Gildásio Santos Silva disse que empresas terceirizadas pela construtora vencedora da licitação para as obras de duplicação de trecho urbano da BR-010 estão contratando profissionais de outras cidades em detrimento dos trabalhadores imperatrizenses.
Segundo ele, é a mesma prática adotada por empresas terceirizadas da Suzano Papel e Celulose, que contratam profissionais em outros estados.