As primeiras cirurgias foram realizadas na tarde da última terça-feira, quando 24 pessoas passaram pelos procedimentos cirúrgicos dos mais simples aos mais complexos. Uma das beneficiadas foi a senhora Elias Carvalho da Silva, de Paragominas-PA. Ela está internada no Hospital Municipal de Imperatriz (HMI) desde o dia 16 de dezembro aguardando sua intervenção cirúrgica.
"Sofremos um acidente próximo de Porto Franco, eu meu esposo, meu enteado e meu neto. Eu quebrei minha bacia, fomos trazidos para cá, eu estava só aguardando essa operação, que foi feita terça-feira (03), graças a Deus. Agora estou bem melhor, só aguardando alta para voltar pra casa", relata Elias emocionada ao falar do acidente e do atendimento que recebeu.
O novo coordenador do Setor de Ortopedia do HMI, Daniel Pereira, explica que o objetivo do mutirão é zerar a demanda que estava pendente e posteriormente regularizar o serviço, que será feito de acordo com a necessidade de cada paciente que chegar no hospital.
"O volume de cirurgias é muito grande. E como é urgência, tem que dar prioridade. Encontramos o hospital no primeiro dia de janeiro com uma lista de 53 pacientes internados e 20 em casa aguardando cirurgia. No terceiro dia já recebemos mais 18 pacientes. Então, estávamos com cerca de 100 pacientes aguardando cirurgia", informa o ortopedista, ao ressaltar que a iniciativa visa diminuir o sofrimento das pessoas.
"Eu mesmo passei fazendo visita dois dias seguidos, em todos os leitos, conheci todos os pacientes, vi o sofrimento de cada um. Então é você se sensibilizar com a situação das pessoas e ver que elas estão realmente sofrendo. Muita gente passou Natal e réveillon aqui dentro, internado, sendo que já poderia estar em casa", acrescentou Daniel, ao afirmar otimista que a realidade daqui para frente vai mudar com a nova gestão.
Participam do mutirão, além de Daniel Pereira, os ortopedistas Gustavo Aguiar, Gustavo Leocadio, Manuel Elias, Alfredo Flores, Manoel Almeida e Cláudio Pilar.
Segundo informações do setor de ortopedia, haviam idosos, jovens e crianças na fila de espera há mais de 28 dias. "Alguns até já com complicações clínicas. Fraturas simples, que geralmente operamos em um dia e no outro encaminhamos para casa, pessoas há mais de 15 dias aguardavam procedimento cirúrgico. Uma situação de caos. Então, tínhamos que adotar uma conduta de urgência, daí porque resolvemos fazer de imediato esse mutirão", complementou.
Quanto às cirurgias eletivas, que também há um grande número na fila de espera, Daniel informa que ainda vai sentar com o secretário de Saúde, Alair Firmiano, e com o setor responsável pelo agendamento de cirurgias e verificar a demanda. Baseado na quantidade de pessoas que estão aguardando, será definida a logística de realização dessas cirurgias, que pode ser semanal ou diária, a depender da demanda. (Maria Almeida/ASCOM-PMI)
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